10/Mar/2021
Brasil e Argentina solucionaram 49 temas pendentes na relação bilateral agropecuária, de um total de 54 itens. A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o ministro da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina, Luis Basterra, se reuniram nesta terça-feira (09/03) para avaliar as medidas e estreitar o comércio e a cooperação entre os dois países. Os temas incluem abertura e reabertura de mercado de diversos produtos, como farinhas, cárneos (bovino, suíno e de aves), lácteos, grãos, pet food e frutas. Um exemplo é a autorização para importação de camarões inteiros e limpos da Argentina (chamados langostinos) e a resolução de pendências sanitárias para exportação de uva e maçã. Todos os problemas de certificado foram resolvidos. Algumas dessas pendências já duravam mais de dez anos e foram solucionadas graças à celeridade e credibilidade das equipes dos países vizinhos.
Agora, há uma agenda positiva para trabalhar com posições internacionais de cooperação. Os ministros estimam que o fluxo comercial bilateral de produtos agropecuários deve se intensificar. Atualmente, a Argentina é o 16º destino das exportações brasileiras, somando US$ 1,17 bilhão, o que representa mais de 1% das vendas externas do agronegócio. Os principais itens são soja, café não torrado, frutas, nozes não oleaginosas, frescas e secas. A maior parte das importações do Brasil tem origem argentina. Em 2020, as compras corresponderam a um quarto do total das importações do país (US$ 3,18 bilhões). Os governos continuarão se debruçando para a solução de mais cinco temas agropecuários. Entre eles, controle integrado da fronteira para agilizar o trânsito de mercadorias perecíveis. Na área de pesquisa, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria (Inta) renovaram por mais cinco anos o acordo de cooperação bilateral.
De acordo com a Embrapa, a Argentina é o terceiro país com maior interação de pesquisas, ficando atrás somente dos Estados Unidos e da França. As áreas com grande intercâmbio de informações são soja, florestas e recursos genéticos. Um dos próximos projetos é aprofundar a troca de informações sobre germoplasma. Além disso, haverá o desenvolvimento de programas de rádio e televisão, em português e espanhol, para capacitação de pequenos produtores. Os ministros ressaltaram a importância de coordenarem ações na região para adoção de posições convergentes que fortaleçam a relação bilateral e o Mercosul em eventos internacionais, como a Cúpula de Sistemas Alimentares das Nações Unidas, que ocorrerá em setembro deste ano. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.