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05/Mar/2021

Alimentos: preços globais têm 9ª alta consecutiva

O índice de preços dos alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu 2,4% em fevereiro passado, na comparação com o mês anterior, alcançando média de 116,0 pontos, na 9ª alta consecutiva. O índice também atingiu o maior nível desde meados de 2014. Todos os alimentos acompanhados pelo índice tiveram aumento de preços. Mas, a alta foi mais forte entre os óleos vegetais e açúcar. Os preços de óleo vegetal saltaram 6,2%, para 147,4 pontos em fevereiro, ganhando 8,6 pontos, em relação a janeiro, marcando máxima desde abril de 2012. Destaque para o óleo de palma, cujos preços dispararam. As preocupações com os baixos níveis de estoque nos principais países exportadores de óleo de palma, seguindo abaixo da produção potencial, contribuíram para o avanço dos preços.

Ao mesmo tempo, as cotações da soja mantiveram trajetória de alta, refletindo principalmente o atual aperto da oferta global antes da chegada da nova safra na América do Sul. O Índice de Preços do Açúcar subiu 6,4% em fevereiro, impulsionado pela oferta restrita na Índia, enquanto os preços do petróleo bruto, que podem levar as usinas brasileiras a produzir menos açúcar e mais etanol, também subiram. A escalada de preços foi, no entanto, contida pelas expectativas de uma recuperação da produção na Tailândia e uma safra abundante na Índia em 2021/2022. Os preços dos cereais monitorados pela FAO aumentaram 1,2%, com média de 125,7 pontos, impulsionados principalmente pelo sorgo. Os preços internacionais do milho também aumentaram, embora apenas 0,9% em relação ao mês anterior. Os valores para exportação do milho em fevereiro aumentaram 45,5% em relação ao ano anterior, sustentados pela forte demanda de importação em meio à redução na oferta.

Os preços do trigo, também para exportação, permaneceram quase estáveis em fevereiro, mas aumentaram 19,8% em relação ao nível do ano passado. O índice de preços de laticínios teve média de 113,0 pontos em fevereiro, alta 1,7% em relação a janeiro, subindo também pelo 9º mês consecutivo e chegando a uma máxima de 40 meses. Em fevereiro, as cotações de preços internacionais da manteiga aumentaram, sustentadas por importações firmes pela China em meio a ofertas de exportação limitadas da Europa Ocidental devido a um aumento na demanda interna com a proximidade da primavera. O leite em pó integral também apresentou elevação de preços devido aos volumes altos de importação e preocupações com a possível redução no fornecimento na Nova Zelândia, que enfrentou condições de tempo adversas.

Os preços do leite em pó desnatado, igualmente, subiram, refletindo os baixos estoques e as limitadas disponibilidades de exportação na Europa. Em relação às carnes, o índice teve média de 96,4 pontos em fevereiro, um aumento de 0,6% em relação a janeiro, mas ainda 4,1 pontos abaixo de seu nível em igual mês do ano passado. As cotações internacionais dos preços das carnes bovina e ovina aumentaram, em fevereiro, principalmente com a oferta restrita nas principais regiões produtoras, ainda mais acentuadas pelo menor processamento na Oceania. Em contraste, as cotações da carne suína caíram, sustentadas pela redução das compras da China em meio a grande excesso de oferta. A redução nas compras da China por carnes de outros países, em meio a pandemia, também pesou nas cotações globais de aves, apesar das interrupções no fornecimento relacionadas à tempestade de inverno nos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.