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04/Mar/2021

Dólar em forte alta se aproxima da casa de R$ 5,80

O mercado de câmbio sofreu uma reviravolta nesta quarta-feira (03/03), com o dólar fechando em leve queda, na faixa de R$ 5,66, depois de operar em alta ao longo de toda a sessão e superar R$ 5,77. Os investidores acionaram expressivas ordens de vendas na reta final dos negócios, após o presidente da Câmara garantir que o Congresso não permitirá furo do teto de gastos. Especulações de que seriam apresentadas emendas para deixar o Bolsa Família fora do teto de gastos aumentaram a pressão sobre o mercado desde o fim da manhã, o que fez o Banco Central anunciar dois leilões de swap cambial tradicional, os quais resultaram em injeção líquida de US$ 2 bilhões nos mercados futuros de câmbio. Em cinco pregões, o Banco Central já despejou no mercado o equivalente a US$ 7,175 bilhões em valores somados de intervenções nos mercados spot e futuro.

Ainda assim, o dólar seguiu em alta, com o Real revezando com a lira turca a vice lanterna. O peso mexicano liderava as perdas nos mercados globais de câmbio. Por volta de 16h30, a moeda norte-americana repentina e expressivamente passou a reduzir os ganhos, conforme circulavam informações de que o Bolsa Família seguiria sob o teto de gastos. Às 16h44, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso votará PECs sem nenhum risco ao teto de gastos. Além disso, o relator da PEC Emergencial, senador Marcio Bittar (MDB-AC) apresentou complementação de voto em que acata sugestões de colegas e fixa limite de R$ 44 bilhões para montante de auxílio que poderá ser excepcionalizado das regras fiscais em 2021.

O mercado vinha há dias temendo que o Senado optasse por votar uma PEC Emergencial muito mais desidratada e fatiada, o que, somado a atitudes recentes do presidente Jair Bolsonaro em relação a empresas estatais, inflou temores de uma mudança na política econômica para fora da responsabilidade fiscal e de autonomia na gestão de Petrobras e Banco do Brasil, entre outras empresas. No fim da sessão, o dólar mostrou variação negativa de 0,07%, a R$ 5,66. Na máxima, alcançada pouco depois das 13h, a cotação saltou 1,89%, para R$ 5,77, nos picos desde novembro do ano passado. Ainda na última hora de negócios, investidores analisaram informação de que o governo federal vai assinar um contrato com a Pfizer para comprar vacinas do laboratório para a imunização contra Covid-19. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.