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04/Mar/2021

Crédito Rural: Fiagro dará maior liquidez aos CRAs

Os Fundos de Investimentos do Agronegócio (Fiagro), objeto do Projeto de Lei (5191/2020) aprovado ontem à noite no Senado, poderão trazer maior liquidez aos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). O movimento seria semelhante ao que ocorreu com os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), cuja estrutura serviu de base para o PL do Fiagro e que beneficiaram o mercado de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Como os Fiagro, assim como os FIIs, devem ter cotas negociadas na B3 e serão geridos por profissionais do mercado, a tendência é de que atraiam mais investidores pessoa física, pela segurança na gestão e pela possibilidade de vendar as cotas, o que não ocorre em investimentos diretos em CRAs ou Cris. Pelo PL aprovado no Senado, fundos nos moldes do Fiagro poderão aplicar recursos em diversos ativos, como títulos de crédito do agronegócio, entre os quais CRAs, participações em empresas, terras agrícolas, dentre outros. O texto aguarda sanção presidencial.

O volume de recursos dos fundos imobiliários nos últimos três anos saiu de R$ 40 bilhões para R$ 105 bilhões. Esses fundos compraram cada vez mais CRI, dando liquidez para pessoas físicas irem para a bolsa, e a tendência é que os CRAs sigam essa onda. A tendência é que o Fiagro comece a dar mais liquidez para os CRAs. A estruturação de Fiagros com aportes em CRA também pode levar reguladores, securitizadoras e distribuidores de CRAs a tornarem o processo de emissão do título mais ágil.

Hoje, demora de dois a três meses (uma emissão de CRA), por causa da burocracia. É viável considerar que os Fiagros movimentem entre R$ 5 bilhões e R$ 10 bilhões no primeiro ano de operação. Após a sanção presidencial, ainda será necessário que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) faça a normatização, ou seja, detalhar todos as regras relacionadas ao fundo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.