04/Mar/2021

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima crescimento de 2,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em 2021 ante alta de 2% em 2020. O resultado deve ser puxado pela forte produção de grãos e carnes, com firme demanda internacional por grãos e consumo interno de alimentos aquecido. Mas, o crescimento pode ser limitado pelo possível impacto das adversidades climáticas sobre as culturas de milho 2ª safra de 2021, café e suco de laranja. O atraso na colheita de soja pode se refletir no desempenho da produção agropecuária do setor no primeiro trimestre na comparação com o primeiro trimestre de 2020, mas não no acumulado do ano. A expectativa com a safra ainda é boa.

O que pode haver é deslocamento de produção do primeiro trimestre para o segundo trimestre. A entidade acompanha com atenção neste momento o desenvolvimento da 2ª safra de 2021 do milho, já que um terço foi semeado fora da janela ideal de plantio. Quanto ao incremento de 2% do PIB da agropecuária no ano passado, o resultado veio levemente abaixo do esperado (de alta de 2,3%). Mas, é um número bastante significativo ante resultado da economia como um todo, o que confirma que o setor vem apresentando resiliência quando comparado com os demais setores. Caso não houvesse crescimento da agropecuária, o declínio do PIB nacional seria ainda maior.

O crescimento da agropecuária foi importante não somente para esse indicador econômico, mas também na geração de empregos, na exportação, entre outros. Mesmo que o setor tenha apresentado um crescimento mais modesto, ele vem dando importantes contribuições para economia como um todo. Sobre o crescimento da participação do setor na composição do PIB nacional de 6,7% em 2019 para 7% em 2020, a CNA considera que foi um movimento natural. Diante da forte retração dos demais setores, já era esperado que o setor tivesse maior fatia na produção total do País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.