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01/Mar/2021

Taxa de desemprego está em patamares elevados

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,9% no trimestre encerrado em dezembro. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11%. No trimestre até novembro de 2020, a taxa de desocupação estava em 14,1%. No ano de 2020, a taxa de desemprego média foi de 13,5%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.507,00 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 210,724 bilhões no trimestre até dezembro, queda de 6,5% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em dezembro de 2020, faltou trabalho para 32,031 milhões de pessoas no País.

A taxa composta de subutilização da força de trabalho desceu de 30,3% no trimestre até setembro para 28,7% no trimestre até dezembro. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de sub ocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até dezembro de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 23,0%. Na média de 2020, a taxa de subutilização foi de 28,1%, a maior da série histórica. A população subutilizada caiu 3,5% ante o trimestre até setembro, 1,148 milhão de pessoas a menos. Em relação ao trimestre até dezembro de 2019, houve um avanço de 22,5%, mais 5,873 milhões de pessoas. A taxa de desocupação saiu de 11% no trimestre até dezembro de 2019 para 13,9% no trimestre até dezembro de 2020, maior patamar para quartos trimestres dentro da série histórica iniciada em 2012.

A taxa de desemprego média em 2020 ficou em 13,5%, também um recorde da série. O Brasil alcançou 5,788 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em dezembro. O resultado significa 78 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em setembro, um recuo de 1,3%. Em um ano, 1,168 milhão de pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 25,3%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 14,753 bilhões no período de um ano, para R$ 210,724 bilhões, uma queda de 6,5% no trimestre encerrado em dezembro de 2020 em relação ao mesmo período de 2019.

Na comparação com o trimestre terminado em setembro, a massa de renda real subiu 0,2%, com R$ 412 milhões a mais. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve queda de 4,2% na comparação com o trimestre até setembro, R$ 109,00 a menos. Em relação ao trimestre encerrado em dezembro do ano passado, a renda média subiu 2,8%, R$ 67,00 a mais, para R$ 2.507,00. A renda média real no País ficou em R$ 2.543,00 na média do ano de 2020. A massa de renda totalizou R$ 213,412 bilhões na média de 2020. O País registrou um aumento de 3,715 milhões de vagas no mercado de trabalho em apenas um trimestre. A população ocupada somou 86,179 milhões de pessoas. A população desocupada diminuiu em 167 mil pessoas em um trimestre, totalizando 13,925 milhões de desempregados. A população inativa somou 76,258 milhões de pessoas no trimestre encerrado em dezembro, 2,308 milhões a menos que no trimestre anterior.

O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu de 47,1% no trimestre encerrado em setembro para 48,9% no trimestre até dezembro de 2020. No trimestre terminado em dezembro de 2019, o nível da ocupação era de 55,1%. O último trimestre do ano de 2020 mostrou uma abertura de 519 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em setembro. No entanto, na comparação com o trimestre de 2019, 3,783 milhões de vagas com carteira assinada foram perdidas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 29,885 milhões no trimestre até dezembro, enquanto outras 9,985 milhões atuavam sem carteira assinada, 973 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até dezembro de 2019, foram extintas 1,870 milhão de vagas sem carteira no setor privado.

O trabalho por conta própria ganhou 1,489 milhão de pessoas a mais em um trimestre, mas ainda está 1,285 milhão menor em relação a um ano antes, totalizando 23,272 milhões de pessoas. O número de empregados aumentou em 63 mil em um trimestre. Em relação a dezembro de 2019, o total de empregadores é 521 mil inferior. O País teve um aumento de 290 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para 4,902 milhões de pessoas, mas esse contingente ainda é 1,454 milhão menor que no ano anterior. A única categoria da ocupação com aumento no número de trabalhadores em um ano foi o setor público, com 521 mil ocupados a mais no trimestre terminado em dezembro de 2020 ante o trimestre encerrado em dezembro de 2019. Na comparação com o trimestre até setembro de 2020, foram abertas 333 mil vagas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.