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26/Fev/2021

Endividamentos das famílias segue em alta no País

O aumento em janeiro, pelo segundo mês consecutivo, do percentual de famílias com dívidas coincide com o surgimento de dificuldades e incertezas no cenário econômico, o que recomenda maior rigor na gestão do orçamento doméstico. O conselho é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em boletim sobre endividamento e inadimplência do consumidor. Em janeiro, 66,5% das famílias tinham dívidas, com aumento de 0,2% em relação ao percentual observado no mês anterior, quando se registrou o primeiro aumento nesse índice desde agosto. A pesquisa inclui dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, prestação de carro e de casa.

Levando-se em conta a pandemia, o aumento do número de famílias endividadas em janeiro não chega a indicar um cenário negativo. Havia o temor de uma escalada do número de inadimplentes. O auxílio emergencial ajudou a evitar o pior cenário, e a economia soube se reinventar na medida do possível. De fato, o pagamento do auxílio emergencial para mais de 60 milhões de pessoas com mais dificuldades por causa da pandemia injetou grande volume de recursos na economia e evitou o agravamento da crise. Mas, o benefício só foi pago até dezembro, o que gera preocupações sobre como as pessoas mais carentes enfrentarão suas dificuldades sem a ajuda financeira extraordinária e lança dúvidas sobre a evolução da atividade econômica.

O comportamento da demanda de crédito e da inadimplência é parte dessas dúvidas. Até janeiro não havia sinais preocupantes. O percentual de famílias com contas em atraso caiu pelo quinto mês seguido, para 24,8%. Está 1% acima do índice apurado em janeiro de 2020, mas é o menor desde fevereiro, isto é, antes da chegada da pandemia. O índice de comprometimento do orçamento doméstico com o pagamento de dívidas, no entanto, chegou a 21,7%, menor do que o de dezembro, mas 2,3% acima do de janeiro de 2020. O agravamento da pandemia, o atraso na vacinação, a persistência de alto índice de desemprego e a lenta recuperação da economia recomendam gestão cautelosa do orçamento doméstico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.