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26/Fev/2021

Startups de alimentos atraem mais investimentos

Segundo relatório do fundo de venture capital AgFunder, as agrifoodtechs, startups do setor de alimentação, levantaram US$ 26,1 bilhões em investimentos em 2020 no mercado mundial, montante 15,5% maior que o do ano anterior. O valor ainda pode chegar à casa de US$ 30 bilhões, quando acordos selados no fim do ano passado vierem à tona. Assim, a alta ficaria em 34,5%. O número de operações já anunciadas é de 2.707. A expectativa é que cheguem a 3.093 no consolidado do ano. Grande parte do crescimento dos aportes deveu-se a novas apostas dos investidores em startups que já estavam no seu portfólio e que fizeram parte da primeira onda de inovações em tecnologia agroalimentar. Rodadas de US$ 500 milhões e US$ 200 milhões na Impossible Foods reforçam essa tese.

Apesar disso, novos negócios também atraíram o apetite dos investidores de capital de risco. As principais áreas de interesse, nesse caso, foram biotecnologias, gestão nas fazendas, equipamentos, bioenergia e biomateriais, agricultura inovadora e comida inovadora. A pandemia de Covid-19 pôs em evidência a importância de cadeias de abastecimento eficientes e de formas alternativas de produção, processamento, transporte e venda de alimentos aos consumidores. Ferramentas para entrega de comida ganharam terreno, e as proteínas alternativas mantiveram seu espaço. As startups do ramo de e-grocery, de venda de alimentos e bebidas em plataformas de e-commerce, levantaram US$ 5,1 bilhões no ano passado.

As de “comidas inovadoras”, por sua vez, captaram US$ 2,3 bilhões, em desempenho puxado sobretudo pelo segmento de proteínas alternativas. As agrifoodtechs deixaram de ser um nicho, o que se demonstra pelo crescimento do valor médio das captações e pela maturidade das empresas que participaram da primeira onda de inovação. O fato de a Impossible Foods ter conseguido captar US$ 500 milhões no início da pandemia, quando as incertezas eram altas, indica a convicção do investidor na categoria. Os investimentos em tecnologias em estágio inicial também mostraram força. Em 2020, essas startups levantaram 10% mais recursos em aportes seed (capital semente) e Series A (primeira rodada de investimento). O volume de operações aumentou 15%. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.