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25/Fev/2021

Dólar em baixa e com espaços para novas quedas

O dólar fechou em queda ante o Real nesta quarta-feira (24/02), numa sessão relativamente calma no mercado de câmbio doméstico, em meio a valorização de ativos de risco no exterior por expectativas de contínua liquidez no mundo. No Brasil, o noticiário sobre a PEC Emergencial atraiu as atenções. O mercado chegou a repercutir negativamente notícia de que votação da proposta poderá ficar para a próxima semana, mas preferiu se concentrar em informações sobre privatização da Eletrobras e o não fatiamento da PEC Emergencial.

O envio da MP que visa estabelecer o terreno da privatização da Eletrobras serve como sinalização do governo de que não haverá mudanças drásticas na condução da política econômica após a confusão entre o governo e a Petrobras. O dólar caiu 0,44%, a R$ 5,42. Na sessão, oscilou entre R$ 5,39 (-1,01%) e R$ 5,44 (-0,03%). O alívio nas cotações também teve influência do mercado externo, numa sessão de ganhos generalizados para moedas emergentes e correlacionadas às commodities, caso do Real.

O chair do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, repetiu que o mercado não deve esperar mudança na política monetária até que a economia esteja claramente melhorando, endossando, assim, perspectiva de contínuo suporte financeiro aos ativos e à economia. Toda a liquidez anunciada por Bancos Centrais globais ao longo de 2020 para combater os efeitos financeiros da pandemia não foi suficiente para fazer o Real replicar a recuperação vista em vários de seus pares, com analistas justificando o movimento local do câmbio a partir do nível elevado de incerteza fiscal, combinado com juros reais negativos.

Em termos de fundamentos externos, o Real deveria estar em torno de R$ 4,50 por dólar. Houve déficit em transações correntes de janeiro, mas os fluxos de investimento estrangeiro estão saudáveis. O Banco Central espera um salto nos investimentos diretos em fevereiro para 6,5 bilhões de dólares, ante o valor de 1,838 bilhão de dólares em janeiro. Se confirmado, será o maior fluxo mensal em quase um ano. O déficit em transações correntes foi de 7,253 bilhões de dólares em janeiro, abaixo do esperado pelo mercado. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.