ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

23/Fev/2021

Cooperativas temem fim do crédito oficial ao setor

Rumores de que as cooperativas agropecuárias poderão perder o acesso ao crédito rural oficial levaram mais de 40 representantes do setor a se reunirem de forma virtual com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Eles defenderam a perenidade de programas e das linhas de financiamento para custeio, investimento, industrialização e comercialização voltadas ao sistema cooperativista como forma de pulverizar o acesso aos recursos por mais produtores no País. Segundo a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), há uma ansiedade muito grande no setor rural. A situação do governo é de aperto fiscal e dificuldade de manter volume de recursos oficiais. Havia muitos boatos de que o sistema de crédito vai mudar, que teria mais dificuldade de distribuição desse crédito, que vai acabar o crédito para cooperativa.

É importante manter o crédito rural oficial, porque ele cria balizas, é referência. Se ficar sem crédito oficial, os bancos mercantis é que vão balizar. A ministra garantiu que não existe nenhuma conversa ou ordem nesse sentido. O que existe é proposta de modernizar e criar sistema menos burocrático de crédito, criar mecanismos para ter recursos de fora, aumentar participação do mercado no financiamento sem ruptura no mecanismo. Mas, é preciso criar novos instrumentos. O governo não tem condições para crescer na disponibilidade de recursos que o setor necessita, dificilmente vai ultrapassar 30% da necessidade da safra, e é compreensível.

Com o crescimento da produção agropecuária e expansão das áreas de grãos sobre pastagens degradas, por exemplo, aumenta também a demanda das cooperativas por capital de giro. O dinheiro permite a compra de mais insumos e fomenta as operações de barter com os produtores. Consequentemente, a necessidade de industrialização também aumenta, para transformar os grãos em ração e proteína, assim como a construção de silos e armazéns. Os bancos privados começam a provocar as cooperativas na base, querendo negociar em particular, existe essa pressão. As cooperativas movimentam bilhões de Reais por ano. O encontro ainda serviu para reforçar o pedido para que as cooperativas de crédito possam operar recursos dos Fundos Constitucionais. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.