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19/Fev/2021

Cenário positivo para setor agroindustrial em 2021

Puxado pelos segmentos de fumo, têxteis, borracha e insumos, o Índice de Produção Agroindustrial Brasileira (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro) registrou aumento expressivo em dezembro e, com isso, a variação acumulada negativa de 2020, determinada por fortes quedas nos primeiros meses de pandemia, ficou limitada a 1,1%. Para 2021, a expectativa é de alta de 5%. Uma retração dessa magnitude, em um ano tão atípico como foi 2020, pode ser considerada uma boa notícia. A agroindústria, de forma geral, iniciou 2021 em trajetória de recuperação, uma vez que nos últimos seis meses do ano passado registrou taxas interanuais de crescimento positivas.

O PIMAgro é baseado em dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nas variações do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), da taxa de câmbio e do Índice de confiança do Empresário da Indústria de Transformação (ICI) da FGV. Em dezembro passado, graças aos avanços observados nas áreas de fumo (48,3%), têxteis (20%), borracha (18,7%) e insumos (14,5%), os produtos não-alimentícios que compõem o indicador subiram 13% ante o mesmo mês de 2019 e determinaram a alta de 5,3% do PIMAgro. No grupo formado por alimentos e bebidas, houve queda de 0,7%, definida pela retração de 1,7% dos alimentos.

Na área de bebidas, houve uma variação positiva de 2,4%. Para o aumento de 5% previsto para 2021, o FGV Agro estima que haverá incrementos tanto para o grupo de produtos não-alimentícios (7%) quanto na área de alimentos e bebidas (3,1%). Mas, isso se o controle da pandemia for razoavelmente efetivo ao longo do ano e se não ocorrer nenhum evento político severamente adverso. O cenário considerado é de alta do Produto Interno Bruto (PIB) do País, manutenção da confiança do empresário industrial no patamar de dezembro, exportações aquecidas de alimentos e bebidas e aumento das importações de produtos não-alimentícios. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.