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09/Fev/2021

China não cumpre as metas do acordo com os EUA

As importações chinesas de produtos agrícolas dos Estados Unidos em 2020 ficaram significativamente aquém da meta acertada na primeira fase, ou “Fase 1”, como ficou conhecido o acordo comercial assinado entre as potências no início de 2020. Há um ano, a negociação marcou o fim da fase mais acirrada da disputa comercial entre os dois países e o componente fundamental foi o acordo. A China se comprometeu a importar mais produtos agrícolas dos Estados Unidos, como fazia antes do conflito comercial, especificamente, US$ 12,5 bilhões a mais em 2020 e US$ 19,5 bilhões a mais em 2021, em comparação com US$ 24 bilhões importados em 2017.

A China, porém, importou US$ 28,75 bilhões em 2020 em produtos agrícolas norte-americanos, valor muito abaixo do acordado (US$ 36,5 bilhões). Não houve nenhuma disputa diplomática séria, apesar de ter ficado claro, há algum tempo, que a meta não seria alcançada, em parte porque a meta era excessivamente ambiciosa. O montante estipulado no acordo foi um quarto acima do recorde anterior alcançado pelas importações agrícolas chinesas de produtos dos Estados Unidos. A culpa foi principalmente da crise do novo coronavírus, uma desculpa que os Estados Unidos aceitaram explicitamente.

As importações chinesas realmente aceleraram no segundo semestre do ano. Como as principais safras de milho e soja dos Estados Unidos são colhidas no outono, a segunda metade do ano é tradicionalmente o período de comércio mais intenso. A soja respondeu pela maior parte das compras, com US$ 14,2 bilhões (em 2019 foram US$ 8 bilhões). As importações chinesas de carne suína também aumentaram acentuadamente em 2020, em 75%, para um recorde de US$ 2,3 bilhões. As importações de milho caíram um pouco, abaixo do recorde de 2012, subindo de apenas US$ 55 milhões em 2019 para US$ 1,2 bilhão em 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.