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29/Jan/2021

Taxa de desemprego está próxima de um recorde

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) mensal divulgados nesta quinta-feira (28/01), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 14,1% no trimestre móvel encerrado em novembro de 2020. Em igual trimestre móvel de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 11,2%. No trimestre móvel encerrado em outubro, a taxa de desocupação ficou em 14,3%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.517,00 no trimestre móvel até novembro. O resultado representa alta de 4,0% em relação a igual trimestre móvel de 2019. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 210 bilhões no trimestre móvel encerrado em novembro, queda de 5,9% ante igual período de 2019.

O Brasil alcançou uma população ocupada de 85,578 milhões de trabalhadores no trimestre móvel encerrado em novembro. Na comparação com o trimestre móvel anterior, houve alta de 4,8%, sinalizando a geração de 3,912 milhões de postos de trabalho em um trimestre. Com a alta na população ocupada de um trimestre móvel para o outro, o nível de ocupação ficou em 48,6%, 1,8% acima do registrado no trimestre móvel até julho. Com a pandemia de Covid-19, o nível de ocupação caiu abaixo de 50% pela primeira vez na série histórica da Pnad Contínua. Na comparação com igual trimestre de 2019, a população ocupada apresenta um tombo de 9,4%. Isso aponta que, em um ano, 8,838 milhões de vagas de trabalho foram fechadas. O tamanho da fila de desempregados ficou estável no trimestre móvel terminado em novembro, na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior.

A população desocupada somou 14,023 milhões de brasileiros no trimestre até novembro. Com isso, a taxa de desocupação ficou em 14,1%. Em termos absolutos, o contingente de desempregados segue próximo do recorde, de 14,105 milhões, registrado no início de 2017, fundo do poço da recessão de 2014 a 2016. Na comparação com o trimestre móvel imediatamente anterior, o contingente de desocupados cresceu 1,7%, com 229 mil brasileiros a mais no desemprego, variação que é tratada como estabilidade. Ante um ano atrás, a alta foi de 18,2%, com 2,160 milhões de desocupados a mais. A manutenção da desocupação em níveis elevados ocorre após sucessivos aumentos trimestre a trimestre.

Os aumentos vêm se dando porque grande parte dos trabalhadores que perderam seus trabalhos, ou seja, saíram da população ocupada em meio à crise causada pela Covid-19, foram para fora da força de trabalho. Por causa das medidas de isolamento social para conter a pandemia, muitos que perderam suas ocupações, tanto formais quanto informais, ficaram em casa e evitaram procurar novas vagas. Pela metodologia internacional das estatísticas de mercado de trabalho, seguida pelo IBGE, só é considerado desocupada a pessoa que tomou alguma atitude para buscar ativamente um trabalho. Assim, conforme as medidas de isolamento foram sendo flexibilizadas, ao longo do terceiro trimestre, a partir de junho, mais trabalhadores voltaram, aos poucos, a procurar trabalho. Aqueles que não encontraram foram considerados desocupados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.