ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

27/Jan/2021

FMI eleva a projeção para o PIB do Brasil em 2021

O Fundo Monetário Internacional elevou sua projeção para o crescimento do Brasil em 2021 de 2,8% para 3,6%, e para 2022, de 2,3% para 2,6%, de acordo com a atualização do relatório Perspectiva Econômica Mundial. Devido à recessão provocada pela pandemia do coronavírus, o FMI projeta uma queda do produto interno bruto do País de 4,5% no ano passado. A previsão de crescimento mundial neste ano foi elevada, de 5,2% para 5,5%, motivada em grande medida pela vacinação contra o coronavírus em termos internacionais e pela aprovação de gastos públicos no final de 2020 por economias avançadas, sobretudo os Estados Unidos e Japão. Para 2022, foi mantida a projeção de alta global de 4,2%. Em relação a 2019, a previsão é de queda de 3,5% deste indicador.

O cenário-base para a economia mundial neste ano e no próximo assume que haverá ampla disponibilidade de vacinas contra a Covid-19 nos países mais ricos no verão de 2021 e em todo o mundo no segundo semestre de 2022. Há possibilidade de surgirem alguns obstáculos para a recuperação internacional, com a adoção de confinamentos por nações, inclusive para conter a expansão de novas mutações do coronavírus antes que os imunizantes estejam plenamente acessíveis às suas respectivas populações. Neste contexto, a previsão é de que o comércio mundial em volumes de mercadorias e serviços deve avançar 8,1% neste ano e 6,3% em 2022.

Para os Estados Unidos, foi elevada a projeção do PIB de 3,1% para 5,1% em 2021 devido ao maior carry over gerado pela retomada do nível de atividade no segundo semestre do ano passado e o apoio adicional à demanda agregada com o pacote fiscal de US$ 900 bilhões aprovado pelo Congresso no final de 2020. Para 2022, a previsão de crescimento norte-americano foi reduzida de 2,9% para 2,4%. De forma semelhante, foi elevada a projeção do PIB do Japão para este ano de 2,3% para 3,1%, com medidas de gastos públicos adotadas no encerramento de 2020. Também foi elevada a previsão de expansão do PIB do Japão de 1,7% para 2,4% em 2022.

Se os Estados Unidos e o Japão agregaram fatores positivos para o PIB mundial neste ano, a zona do euro deve exercer uma força negativa para a economia internacional em 2021, com a moderação do nível de atividade motivada por medidas de confinamento em vários países da região, implementadas para conter o avanço das contaminações do coronavírus registradas no término de 2020 e início deste ano. A projeção de crescimento da zona do euro foi reduzida de 5,2% para 4,2% neste ano e elevada de 3,1% para 3,6% para 2022.

Para a China, há leve redução na projeção de alta do PIB de 8,2% para 8,1% neste ano e de 5,8% para 5,6% em 2022. A recuperação geral da economia chinesa ocorre devido a medidas para combater a doença, com fortes respostas de investimento público e liquidez concedida pelo banco central para facilitar a expansão do consumo e da formação bruta de capital fixo por empresas. O FMI aponta dois cenários alternativos para a economia global em 2021 e 2022 dependendo da evolução do combate ao coronavírus pelo mundo.

Com ampla vacinação em economias avançadas e em países emergentes, o que poderia antecipar o fim da pandemia, o PIB mundial poderia ser quase 0,75% superior aos 5,5% previstos para 2021 e poderia ficar perto de 1% acima da estimativa de alta de 4,2% em 2022. Contudo, se ocorrer uma acelerada expansão da pandemia em termos internacionais, com demora de distribuição de vacinas e piora na adoção de medidas de distanciamento social e uso de máscaras, o PIB global poderá ser menor em cerca de 0,75% neste ano em relação à alta estimada de 5,5%, mas começará a retornar em direção ao cenário-base em 2022. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.