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19/Jan/2021

Diesel: Petrobrás explica política atual de preços

A Petrobras saiu em defesa da sua política de preços em relação ao diesel, combustível que está no topo das insatisfações dos caminhoneiros com o governo Jair Bolsonaro, e listou uma série de respostas para justificar eventuais aumentos concedidos ou que possam vir a ser feitos este ano, diante de preços de petróleo em franca recuperação. Nesta segunda-feira (18/01), a estatal aumentou o preço da gasolina, mas deixou o diesel inalterado. A alta no mercado internacional do petróleo atinge também o diesel e o Gás Natural Liquefeito (GLP), sendo que o último já sofreu reajuste de 6% na primeira semana do ano, impactando o preço do gás de cozinha.

Como se estivesse respondendo a perguntas de usuários de diesel, a coluna Fatos e Dados da Petrobras, no site da companhia, informa que o Brasil não tem o diesel mais caro do mundo, já que 121 países praticam preço do diesel mais alto do que a Petrobras, monopolista em refino no Brasil. No início de janeiro, o preço do diesel na bomba era 27,4% inferior à média mundial. O preço que a petrolífera pratica na refinaria corresponde a 48% do valor total nos postos de abastecimento, quando é acrescido da parte de distribuição e revenda (15%); custo do biodiesel (14%); e impostos (23%). A estatal informa que em 2020 houve queda de 14% no preço do diesel, com o combustível começando o ano em torno de R$ 2,33 por litro nas refinarias e fechando 2020 em R$ 2,02 por litro.

Segundo a Petrobras, é necessário seguir as cotações internacionais do diesel e dos outros combustíveis por causa da limitação das refinarias no Brasil, que não atendem todo o mercado, sendo necessário importar o produto. Estas importações representam uma competição importante no mercado brasileiro de combustíveis e ajudam a regular o preço oferecido aos consumidores, em dissonância com os importadores de combustíveis, que acusam a estatal de não repassar todo aumento do mercado internacional para segurar a inflação, o que é negado pela companhia. Para a estatal, o comportamento do preço do diesel não é diferente de outras commodities negociadas no mundo. Quando o preço da carne ou da soja sobe no exterior, paga-se mais por estes itens no supermercado, mesmo que sejam produzidos aqui. É a lógica de um mercado mundial integrado.

A companhia também descarta praticar um preço nacional, como sugere um dos grupos de caminhoneiros insatisfeito com a política da estatal, justificando que a empresa teve problemas financeiros ao realizar essa prática há alguns anos. Se houvesse redução no preço do diesel nas refinarias independentemente das cotações internacionais, seria uma repetição de erros do passado, que geraram a maior dívida entre empresas no mundo e quase quebraram a Petrobras, diz a empresa ao simular uma resposta sobre o motivo de não reduzir o preço nas refinarias. A contribuição da empresa é gerar valor, investindo para produzir mais petróleo, gás natural e combustíveis a custos baixos, sem desviar do foco em segurança e meio ambiente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.