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14/Jan/2021

Exportações do Agronegócio devem seguir em alta

Segundo o Ministério da Agricultura, as exportações do agronegócio em 2021 poderão superar a marca do ano passado se o clima colaborar e se de fato a colheita de grãos bater um novo recorde nesta safra 2020/2021. Puxados por soja e carnes, vendidos sobretudo à China, os embarques do setor renderam US$ 100,8 bilhões em 2020, 4,1% mais que em 2019. A maior expectativa é com as vendas de milho, que poderão avançar bastante com o aumento das compras também por parte da China. O primeiro passo para isso veio com a decisão do governo chinês de aprovar as variedades transgênicas autorizadas para plantio no Brasil que ainda não podiam entrar na China. Agora, falta apenas a assinatura da atualização de certificados sanitários para o aval definitivo. A virada política nos Estados Unidos também poderá sedimentar o caminho para melhores negociações, principalmente envolvendo o açúcar, e a Índia poderá se consolidar como outro destino de peso. Entre as preocupações estão eventuais problemas na União Europeia por causa de questões ambientais.

O Ministério da Agricultura está concluindo a atualização do certificado sanitário com a China. Com isso, deve haver aumento da demanda do país asiático por milho. Caso o presidente norte-americano Joe Biden decida privilegiar a mistura obrigatória de etanol na gasolina, o avanço do Brasil no mercado global poderá ser ainda maior, uma vez que o biocombustível é feito a partir do cereal nos Estados Unidos. O fato de Biden ter escolhido Tom Vilsack para ser seu secretário de Agricultura também pode facilitar as relações diplomáticas do agro brasileiro com os Estados Unidos. A intenção é retomar as negociações sobre a exportação de açúcar para aquele mercado. O interesse brasileiro é ter mercado livre para açúcar e etanol. O mercado para o açúcar depende muito da Índia, grande produtora e que passa por uma reforma agrícola. E é para lá que o Ministério da Agricultura espera que comecem a ser embarcados, em volumes cada vez maiores, as pulses, como feijão, lentilha, grão de bico e gergelim.

A Índia vai demandar mais alimentos e o Brasil está em condições de ser um parceiro mais importante do que é hoje. A Pasta segue com a missão de tentar diversificar produtos e destinos da pauta exportadora, muito dependente dos embarques de soja e carnes para a China. Existe muita concentração, e obviamente isso não é bom. Se houver alguma variação nesse exato produto ou mercado, o impacto na balança comercial brasileira será grande. Nada disso, no entanto, é capaz de abalar ou diminuir o peso da China para o Brasil. Não existe a menor possibilidade de esse esforço resultar em diminuição da importância da China. O Brasil continua trabalhando fortemente no país, que é a economia que mais cresce no mundo. Pouco afetadas pela pandemia, apesar de algumas restrições temporárias a frigoríficos, as exportações do agronegócio brasileiro enfrentam, por outro lado, resistências cada vez mais latentes da Europa no quesito ambiental. A ofensiva europeia preocupa, mas o governo afirma que tem respostas prontas contra possíveis travas. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.