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11/Jan/2021

Alta dos alimentos mais moderada durante 2021

Segundo a Coordenadoria do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), o comportamento da inflação de 2021 deverá voltar a uma certa normalidade, depois do cenário atípico do ano passado. A Fipe projeta IPC de 0,83% em janeiro e de 4,0% no acumulado entre janeiro e dezembro, é o grupo Alimentação que deve levar o indicador de 2021 a um número menor. No acumulado de 2020, o grupo avançou 16,12%, de longe a maior alta, enquanto a previsão para 2021 é de taxa entre 5,0% e 7,0%. Do acumulado de 5,62% no IPC-Fipe de 2020, 3,66 pontos porcentuais ficaram por conta dos alimentos, e os três itens que mais pesaram no indicador foram arroz, leite e óleo de soja. Em 2020, no primeiro semestre, tivemos inflação de alimentos e forte deflação do resto (outros grupos). No segundo semestre houve aumento generalizado, só que ainda mais forte em alimentos.

Em 2021, deverá voltar para uma certa normalidade, apesar de que os vetores que pressionaram os preços de alimentos no ano passado estão ainda presentes neste ano: desvalorização cambial e demanda externa forte. O Real desvalorizado ante o dólar foi o maior responsável pela disparada dos preços de alimentos em 2020. No ano, a desvalorização cambial foi de 30%, o que favoreceu o aumento da demanda externa por commodities agrícolas e metálicas produzidas no Brasil. O auxílio emergencial pago pelo governo federal ajudou a sustentar a demanda interna em meio à crise causada pela pandemia, mas não foi a maior fonte de pressão do IPC. O auxílio manteve a demanda aquecida, mas o que fez subir os preços foi o aumento de demanda externa. Dos três itens que mais pesaram no indicador, dois estão relacionados a esse movimento: o arroz e o óleo de soja. Na sequência ainda aparecem as carnes bovinas e as aves. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.