ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Dez/2020

La Niña com intensidade moderada deve persistir

Em atualização divulgada nesta quinta-feira (10/12), a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) manteve a projeção de um La Niña com intensidade moderada para 2020. O La Niña persistiu durante novembro, conforme indicado por temperaturas bem abaixo da média da superfície do mar (TSM) estendendo-se até o Oceano Pacífico oriental. A NOAA trouxe ainda que as chances do fenômeno continuar durante a temporada de verão no Brasil é de 95%. As previsões indicam ainda 50% de chance de neutralidade nas águas do Pacífico entre abril e junho. Apoiado pelas últimas previsões de vários modelos, o consenso é para um La Niña de força moderada (valores do índice Niño-3.4 entre -1,0°C e -1,5°C) durante o pico da temporada de novembro a janeiro. Em resumo, o La Niña provavelmente continuará durante o inverno de 2020/2021 do Hemisfério Norte, com uma transição potencial durante a primavera de 2021, segundo a NOAA.

Desde agosto, a NOAA confirma a atuação do La Niña, mostrando uma tendência de diminuição nos volumes das chuvas em toda a região sul do Brasil a partir de novembro. O centro de previsão norte-americano destacou ainda que as previsões sazonais de temperatura e precipitação de 3 meses serão atualizadas no dia 17 de dezembro. O Brasil deverá continuar sentido os impactos do La Niña nos próximos meses. Existe a possibilidade de o pico do fenômeno já ter sido atingido, mas os efeitos ainda serão sentidos nos próximos meses. A NOAA mantendo as projeções para 2021 também indica um estado de alerta para uma possível antecipação das ondas de frio no ano que vem. Além disso, mantém a irregularidade das chuvas em boa parte do Sul do Brasil.

Em dezembro, haverá um pouco mais de chuvas na parte norte do Rio Grande do Sul, mas é normal em anos de influência de La Niña registrar, em um mês ou outro do verão, chuvas acima da média. Normalmente, as chuvas acima da média são registradas durante o mês de janeiro, mas como a seca foi antecipada, também há a chance de o sistema ter antecipado as chuvas mais expressivas. Dezembro vai ser mais favorável para o plantio, mas entre fevereiro e março deve secar mais e coincidir com ondas de calor, gerando um estresse maior para as plantas. Ainda existe muita água fria abaixo da superfície, sinalizando que ainda há bastante água fria para alcançar a superfície, o que sinaliza a continuidade do fenômeno durante os próximos meses, segundo a NOAA. Fontes: NOAA e MetSul. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.