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02/Dez/2020

Alimentos: oferta e demanda equilibradas em 2021

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a inflação de alimentos não deve ser, em 2021, um problema tão grande quanto foi este ano. A expectativa é de que o País aumente a produção e que não haja um aumento da demanda tão súbito quanto houve com o pagamento do auxílio emergencial pelo governo. Este ano, houve variáveis que intensificaram tanto a demanda quanto a queda na produção. Esse cenário foi intensificado com a pandemia. Depois da pandemia, deve haver aumento da produção de todas as proteínas animais e todos os grãos, mesmo com a questão climática, então o lado da oferta será beneficiado. Em relação à demanda, o aumento momentâneo que veio no ápice da pandemia vai ser diluído ao longo do ano.

Os preços de carne, leite e arroz já caíram. Para explicar os altos preços este ano, a explicação é que o dinheiro do auxílio emergencial no Brasil foi usado, em grande parte, na compra de alimentos, e, por causa da pandemia, muitos países tiveram problemas de desabastecimento. O índice global de preços de alimentos, desenvolvido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aumentou 11% entre maio e outubro. Além disso, a desvalorização do Real estimulou exportações. E, no começo da pandemia, não se sabia como seria o consumo de alimentos no Brasil, então a produção foi escoada para a exportação. Houve também um forte aumento nos custos de insumos, como fertilizantes e herbicidas.

A intensa alta dos insumos e o fato de boa parte da comercialização antecipada de produtos (como arroz e soja) explica em boa parte porque o aumento dos preços não chegou ao produtor. Em Sorriso (MT), 70% da soja foi comercializada a R$ 65,00 por saca de 60 Kg, e hoje está em R$ 156,00 por saca de 60 Kg. Então, poucos produtores vão lucrar tanto assim, já que há pouca soja para vender. Em relação ao arroz, que também subiu bastante, 75% da comercialização foi a preços médios de R$ 52,00 por saco de 50 Kg, e hoje o preço ao produtor está em R$ 104,00 por saco de 50 Kg. Além disso, no caso do arroz, o produtor vinha tendo prejuízos há alguns anos, já que o consumo do alimento no País estava em trajetória de queda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.