ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

02/Dez/2020

Brasil: 2020 foi um ano favorável às exportações

Segundo o Insper Agro Global (Insper), o Brasil teve um ano incrível do ponto de vista das exportações, com um volume expressivo embarcado, demanda externa favorável e câmbio valorizado. A Ásia continua sendo o principal destino das exportações brasileiras, tendo em vista, também, o aumento populacional que ocorre no continente. O destaque, nesse sentido, é a China, para quem os embarques do Brasil cresceram 20% ao ano em receita do ano 2000 para 2019. Esse ano, o Brasil deve encerrar tendo exportado US$ 40 bilhões para a China, refletindo uma demanda boa de soja, carnes, algodão e até açúcar. Dada a importância dessa parceria comercial, é um absurdo comprar briga com a China, uma referência aos recentes atritos protagonizados pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

O Brasil precisa saber como lidar com a China e como fazer que investimentos deles no Brasil se traduzam em aberturas de mercado. Ainda com relação à China, sobre a mudança no modo de produção de suínos, após a peste suína africana (PSA), o aumento da produção industrial deve trazer maior necessidade dos chineses de importarem soja e milho, seja dos Estados Unidos ou do Brasil. Porém, há riscos que persistem no mercado interno, com os preços mais altos dos insumos. O ano foi excepcional para quem exportou, mas está sendo ruim para quem compra insumo no mercado interno. O auxílio emergencial do governo federal ajudou a manter o consumo doméstico neste ano, mas essa injeção na economia vai se encerrar a partir de agora.

Assim, há necessidade de se atentar à inflação sobre os preços dos alimentos. A respeito do cenário do mercado internacional, a eleição do democrata Joe Biden nos Estados Unidos representa a volta da potência a uma série de debates globais, dentre eles, as questões climáticas, a segurança cibernética, a transparência, além de preocupações com a saúde, tendo a pandemia do coronavírus como mote. No âmbito da sustentabilidade, a eleição de Biden deve pressionar o Brasil a respeito do desmatamento da Amazônia. Se o Código Florestal já tivesse sido implementado, não haveria esse problema de imagem de vilão. O Brasil não é vilão, consegue fazer três safras no ano sem avançar sobre a floresta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.