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30/Nov/2020

Mercosul-UE: indústrias pedem urgência no acordo

As confederações das indústrias dos países do Mercosul e da Europa pediram urgência para a ratificação do acordo comercial entre os dois blocos. As entidades assinaram, na quinta-feira (26/11), declaração conjunta, em que defendem a implementação do acordo o mais rápido possível para criar oportunidades de negócios e promover o desenvolvimento sustentável. O documento foi divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela União Industrial Argentina (UIA), pela União Industrial Paraguaia (UIP), pela Câmara de Indústrias do Uruguai (CIU) e pela Business Europe. Para as entidades, o acordo, firmado no ano passado, mas que depende de aprovação dos parlamentos de todos os países envolvidos, trará ganhos para as indústrias tanto do Mercosul como da União Europeia. Os países da América do Sul terão acesso a um mercado desenvolvido e altamente integrado à economia mundial.

As indústrias europeias se beneficiarão por oportunidades de negócios trazidas pela abertura do Mercosul. Cerca de 65% do comércio entre o Mercosul e a União Europeia está sujeito a barreiras tarifárias ou não tarifárias. Para a CNI, a liberalização gradual das tarifas favorecerá exportações e investimentos bilaterais, contribuindo para o crescimento dos dois blocos e abrindo portas para cooperações em áreas que vão do clima à saúde. A entidade também acredita que o acordo permitirá modernizar a pauta de exportações do Brasil, concentrada em produtos primários. A declaração conjunta destaca que o capítulo sobre desenvolvimento sustentável do acordo entre o Mercosul e a União Europeia é o mais avançado entre os acordos comerciais no mundo. Um dos exemplos citados foi a obrigatoriedade de as partes implementarem efetivamente o Acordo de Paris, que pretende controlar as emissões de gases relacionados ao efeito estufa. Segundo a CNI, o Brasil pode dar um exemplo na agenda global de sustentabilidade.

O País emite quase seis vezes menos gás carbônico que a Coreia do Sul e quase sete vezes menos que a Austrália. Outro ponto que a entidade brasileira considera positivo é a abertura do acesso de micro e pequenas empresas ao mercado internacional. O acordo beneficia fábricas de pequeno e de médio porte, ao reduzir a burocracia alfandegária e as exigências de testes e de certificações específicas. A declaração conjunta citou, como exemplos de benefícios conjuntos, a remoção de tarifas elevadas, o acesso a mercados de compras governamentais (quando empresas estrangeiras vencem licitações nacionais), regras de facilitação do comércio, a redução de barreiras não tarifárias e a proteção de um número expressivo de indicações geográficas (produtos com origem geográfica comprovada) para ambos os lados. Fonte: Agência Brasil. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.