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30/Nov/2020

Desemprego deve renovar nível recorde em 2021

O desemprego no Brasil não deve parar na taxa, já recorde, de 14,6% divulgada na sexta-feira (27/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há projeção de aumento da desocupação a um percentual próximo de 17% no ano que vem, podendo chegar a 16% no primeiro trimestre. O mercado não comprou a mensagem da equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que a taxa vai cair com a retomada dos empregos informais a partir da reabertura do setor de serviços.

O mercado espera taxa de desemprego ainda maior em razão da retirada ou redução do auxílio emergencial, que, junto com a reabertura econômica e menor isolamento social, levará mais gente a voltar ao mercado de trabalho. Se as pessoas não tivessem deixado de procurar trabalho desde o início da pandemia, o desemprego já estaria passando dos 24%. Em outras palavras, a taxa não chega a tanto porque muitos brasileiros, por motivos diversos, ainda não estão procurando emprego, logo, não podem ser classificados como desempregados.

O descolamento dos dados do IBGE com os do Caged, onde são registradas as movimentações do emprego com carteira assinada (emprego formal), segue dificultando conclusões de analistas. É possível que o retrato mais próximo da realidade esteja no meio termo entre a recuperação em "V" mostrada pelo Caged e o recorde tanto de desemprego quanto de desalento apresentado pelo IBGE. Está muito nebuloso o comportamento dos dados.

Mas, a tendência é de elevação do desemprego nos próximos meses. Se a taxa de participação estivesse constante em relação a um ano atrás, a taxa de desemprego teria subido a 24,2%. A retirada dos programas de manutenção do emprego deve aumentar o número de demissões no início do ano que vem. A taxa de desemprego pode subir a um pico de 16% entre o fim de 2020 e o primeiro trimestre de 2021. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.