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27/Nov/2020

Safra global de grãos de 2020/2021 sofre revisão

O Conselho Internacional de Grãos (IGC) reduziu mais uma vez sua previsão de produção global de grãos na temporada 2020/2021, ainda em grande parte por causa da diminuição nas estimativas para a safra mundial de milho. A redução para milho está ligada principalmente à União Europeia, Ucrânia e Estados Unidos. A previsão de produção total de grãos foi cortada em 7 milhão de toneladas, para 2,219 bilhões de toneladas em sua projeção de novembro, divulgada nesta quinta-feira (26/11). A previsão para o consumo total de grãos foi reduzida em 2 milhões de toneladas, o que somado ao rebaixamento da previsão de produção, significou uma pequena revisão das projeções para os estoques de passagem. Eles agora estão previstos em 616 milhões de toneladas, 3 milhões de toneladas a menos do que o previsto em outubro.

O aumento do uso de outros grãos na ração compensa uma projeção mais baixa para a alimentação com milho, mas os usos industriais globais e outros de grãos são cada vez menores que antes. É a terceira vez em três meses que o IGC reduz as projeções de produção total de grãos e milho. A estimativa para a colheita de milho caiu 3 milhões de toneladas, para 616 milhões em novembro e os estoques mundiais agora registram o quarto declínio (na comparação anual) consecutivo. Em grande parte, a redução para o milho se deve aos embarques mais altos do que os projetados anteriormente, com previsão de 6 milhões toneladas, um recorde de 409 milhões. A previsão para as importações de milho pela China é elevada, mas há quedas para a União Europeia e o México. As exportações de milho dos Estados Unidos foram revisadas para cima e atingiram um novo recorde histórico, enquanto os embarques da Ucrânia foram reduzidos a uma baixa de três anos.

A previsão para produção de soja na safra 2020/2021 foi revisada em 5 milhões de toneladas, para 365 milhões ante 370 milhões, na comparação mensal. Mas, na comparação anual, os dados são de recuperação de 8%, batendo recorde. Em relação ao consumo da oleaginosa, a projeção passou para 369 milhões de toneladas. Na comparação ano a ano, a previsão é que a produção de soja se recupere, com aumento de 5% em relação ao ano passado, principalmente por causa da China, onde a recuperação do número de suínos e a expansão da produção de aves estão aumentando a demanda por farelo de soja, além das Américas, onde o processamento da Argentina provavelmente vai aumentar. Quanto ao trigo, a estimativa de produção foi pouco alterada, de 764 milhões de toneladas para 765 milhões de toneladas, enquanto o consumo também avançou, de 185 milhões de toneladas para 186 milhões de toneladas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.