ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

25/Nov/2020

Proposta para regulamentar mercado de carbono

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou a representantes do governo federal, nesta terça-feira (24/11), um conjunto de propostas para subsidiar integrantes do governo federal para as negociações sobre o mercado de carbono, conforme regras estabelecidas pelo Acordo de Paris. As empresas brasileiras teriam a receber créditos por 380 milhões de toneladas de CO2 que deixaram de emitir por investirem em tecnologias e modelos de negócios menos poluentes. Esses créditos ainda não foram vendidos pelo fato de o mercado de carbono não estar consolidado no País. O chamado mecanismo de desenvolvimento sustentável (MDS) deve ser regulamentado até a próxima Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP-26), prevista para novembro de 2021, na Escócia. Por meio desse mecanismo, será estabelecido o mercado de carbono global.

A CNI estima que o negócio tem potencial para aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em cerca de R$ 30 bilhões, gerando 70 mil postos de trabalho até 2030. A indústria brasileira defende que seja estabelecido um prazo de cinco anos para transição de créditos de carbono gerados via Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), do Protocolo de Kyoto, para o Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS), estabelecido no Acordo de Paris, além do uso desses créditos até 2030. Há forte pressão de outros países para que esses créditos do antigo MDL sejam zerados. Dados de 2018 do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apontam que o Brasil investiu cerca de US$ 32 bilhões nos últimos 15 anos em projetos do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo e deixou de lançar 124 milhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa. Desse total, quase 50% foi pela indústria.

A indústria brasileira propõe o prazo de cinco anos para transição de créditos gerados via Mecanismo de Desenvolvimento Limpo para o novo modelo e segurança para implementar compromissos do Acordo de Paris. A indústria brasileira está atenta ao mercado de créditos de carbono que, até 2030, deve gerar fluxos de investimentos de R$ 230 bilhões em todo o mundo, com a redução de 5 bilhões de toneladas de emissões de gases de efeito estufa, segundo dados da International Emission Trading Scheme, que desenvolve trabalhos sobre mercados de carbono. O Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) é um instrumento financeiro que está sendo regulamentado no Acordo de Paris para que o setor privado possa investir em projetos voluntários de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEEs), com o propósito de conter o aquecimento global. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.