25/Nov/2020

Cerca de 30% dos alimentos mundialmente é perdido ou desperdiçado todos os anos. As estimativas mostram que, no mundo, são produzidos aproximadamente 1,3 bilhão de toneladas de resíduos alimentares a cada ano. Os dados são da Agência Sueca de Proteção Ambiental e foram discutidos na Semana de Inovação Suécia-Brasil 2020, que reuniu especialistas dos dois países. Essa agenda das perdas e do desperdício de alimentos é uma agenda global, vinculada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), e o Brasil está bem posicionado para avançar nessa redução, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Alimentos e Território.

Algumas das soluções apresentadas pela Embrapa para redução de perdas alimentares no evento, ocorrido de 9 a 19 de novembro, foram: fortalecer políticas públicas de segurança alimentar e nutricional; fortalecer a rede de bancos de alimentos, como as centrais de abastecimento, conhecidas como Ceasas; e ampliá-las para os municípios ainda não atendidos que tenham maiores índices de insegurança alimentar. Quando a oferta de alimentos é elevada via redução de perdas, seja uma perda que ocorre na fazenda ou no supermercado ou nas feiras ou nas Ceasas, é possível ampliar a oferta. E, assim, aumentam as possibilidades de combater a insegurança alimentar e de levar alimento para quem mais precisa. Recentemente, o Brasil aprovou uma lei que dá segurança jurídica para os doadores de alimentos.

Agora, está mais fácil para um varejista, um supermercadista ou para as Ceasas se conectarem com os bancos de alimentos e fortalecerem essa importante rede que dispõe de 168 unidades (públicas e privadas) pelo Brasil. Outra sugestão para reduzir o desperdício de alimentos no País é focar na educação nutricional, desde a primeira infância, com projetos de consumo sustentável e saudável. Se o Brasil avançar nessa conexão da segurança alimentar e nutricional, de políticas públicas conectadas com a redução do desperdício de alimentos, e se houver um grande esforço nacional para incrementar a educação nutricional desde a primeira infância, será possível construir cidadania e as pessoas vão estar mais conscientes da importância da pesquisa agropecuária, do alimento em suas vidas, e poderão adotar dietas mais saudáveis e sustentáveis. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.