23/Nov/2020

A guerra comercial dos Estados Unidos com a China não deve acabar com a eleição do democrata Joe Biden. No curto prazo, a China tende a continuar comprando dos Estados Unidos, o que deve manter um ciclo de bons preços de commodities agrícola. No médio prazo, existe uma grande probabilidade de haver um distanciamento entre os países no que tange à agricultura. Isso porque os chineses estão em um movimento de aumentar a autonomia, elevando a produção doméstica.

A China não vai depender por muito tempo das importações norte-americanas, porque o conflito está dado e vai continuar sendo construído. As compras vão durar enquanto os chineses montam uma estratégia para não dependerem mais dos produtos norte-americanos. Salienta-se dois anúncios feitos por pelo governo chinês neste mês de novembro: um plano de investimento na Argentina para produção de carne suína e uma parceria com a Rússia para produção de soja no país.

Em relação ao Brasil, os atritos entre as duas potências mundiais acabaram beneficiando a agricultura do Brasil, que passou a exportar volumes expressivos de produtos agrícolas para a China. Quando a guerra comercial começou, os chineses se voltaram ao Brasil e nós houve um prêmio gigante sobre a soja brasileira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.