23/Nov/2020

O vice-presidente Hamilton Mourão negou que o governo planeje mudanças quanto às autorizações do Ibama para exportação de madeira. Ele afirmou que uma documentação específica para atividades de venda para o estrangeiro não tem efeito no comércio ilegal. Mourão ressaltou que a Polícia Federal irá intensificar a fiscalização do comércio ilegal. Em março, o Ibama acabou com as inspeções feitas nos portos do País ao suspender os efeitos de uma instrução normativa e, assim, eliminar a necessidade de uma autorização do órgão. Hamilton Mourão afirmou desconhecer a medida que flexibilizou as exigências para a exportação.

Segundo o vice-presidente, não há planos de mudanças sobre as autorizações de venda de madeira ao exterior. Para ele, a falta de uma documentação específica não facilita o comércio ilegal. Ele afirmou que é preciso "estrangular o comércio" ilegal e reconheceu que o governo tem responsabilidade pelo avanço da criminalidade no setor. O assunto foi tema de reunião do vice-presidente na sexta-feira (20/11) com o diretor-geral da Polícia Federal. Após o encontro, Mourão reforçou a corporação irá intensificar a fiscalização de compra e venda de madeira ilegal da Amazônia. Ele afirmou que a madeira escoa pelos rios da Amazônia, então as fiscalizações nos rios serão aumentadas com apoio da Marinha também.

Assim, a expectativa é ter uma efetividade maior no combate a essa ilegalidade, principalmente reduzir essa questão do desmatamento, que hoje está muito centrada na exploração de madeira ilegal. Mourão citou que grande parte das autorizações de exploração de terra são fraudulentas e que as consequências do desmatamento que o Brasil está sofrendo hoje são de autorizações realizadas no ano de 2018. A reunião contou também com a presença do superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas, que é um dos responsáveis pela Operação Arquimedes que investiga as atividades de comércio ilegal de madeira a partir da região amazônica. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.