17/Nov/2020
Após anos de negociações, 15 países, incluindo a China, assinaram um acordo de comércio na região do Pacífico. O acerto representa um desafio para as políticas de comércio internacional do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Chamado Parceria Econômica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês), o acordo envolve cerca de um terço da economia global. Dentre os países, estão algumas das economias mais dinâmicas do mundo e, também, nações com tensões comerciais recentes entre si, como China e Austrália. Os Estados Unidos não fazem parte do acordo, tendo seus esforços sido envolvidos na Parceria Trans-Pacífica (TPP, na sigla em inglês), que não englobava a China, e era vista como uma tentativa de contenção à Pequim. No entanto, com a administração de Donald Trump, o rechaço ao multilateralismo levou a um abandono da iniciativa. O RCEP agora coloca pressão ao governo de Biden para agir com relação a uma área de influência desejada pela China. Incentivar o livre comércio é ainda mais importante agora que a economia global está em queda e há sinais de que os países estão se voltando para o interior, segundo o primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, durante reunião com os outros líderes do RCEP, de acordo com oficiais do governo.