16/Nov/2020

O Ministério da Agricultura está buscando uma suplementação de recursos para o Plano Safra devido ao esgotamento precoce dos recursos para equalização de juros, principalmente das linhas de investimentos. Mas, a percepção é de que será difícil conseguir qualquer montante adicional em razão do momento fiscal complicado do País. Essa situação limita que os recursos sejam um pouco maiores. Os recursos para investimentos (quase R$ 60 bilhões), estão praticamente esgotados e a safra apenas está começando.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou que vai reabrir a linha de financiamento de máquinas e equipamentos agrícola Moderfrota, suspensa recentemente, com R$ 740 milhões, além de reforçar linha própria para investimentos. O Banco do Brasil também anunciou um reforço de R$ 1 bilhão para a compra de maquinários. A falta de recursos é um limitador do crescimento do agronegócio e o crédito rural oficial deve voltar a diminuir, após aumento de volume total, em torno de 6% esse ano, e de equalização, com R$ 1,5 bilhão a mais na safra 2020/2021. É provável que, a cada ano, o Plano Safra vai ser mais arrefecido. O caminho de buscar captação no mercado.

Existe uma quantidade de recursos espalhados pelo mundo a taxas de juros baixíssimas e nosso setor pode proporcionar retorno de rentabilidade em percentual muito acima dos investimentos que estão sendo colocados hoje. Tais declarações foram feitas durante evento online com a Climate Bond Initiative (CBI), para apresentação dos critérios para certificação de títulos verdes, os green bonds, para financiamento do agronegócio no Brasil. Quase tudo pode ser investimento verde e isso é positivo. É um instrumento para o Brasil se firmar na questão que deseja mostrar ao mundo, que é a sustentabilidade. Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.