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10/Nov/2020

EUA: expectativa no setor agrícola com Joe Biden

A eleição do democrata Joe Biden como presidente dos Estados Unidos levanta novas questões para o setor agrícola norte-americano, após anos turbulentos sob a administração do presidente republicano Donald Trump. Os produtores temem que a Casa Branca, nas mãos do Partido Democrata, traga normas ambientais mais rígidas e outras restrições que foram derrubadas ou suavizadas no governo de Donald Trump, como as regras sobre qualidade da água, engenharia genética de culturas e emissões e de gases de efeito estufa. Em contrapartida, a campanha de Biden afirma que as políticas agrícolas do presidente eleito visam a estabilizar a agricultura dos Estados Unidos e abrir novos mercados.

Portanto, essa estabilidade pode vir como um alívio para fazendeiros: as batalhas tarifárias do presidente Trump com os principais países importadores de alimentos, como China e México, por vezes prejudicaram profundamente as exportações agrícolas e causaram impacto no mercado de commodities, diminuindo a renda dos agricultores e levando o governo a aumentar repasses para o setor rural. Os agricultores, no entanto, afirmaram em pesquisas pré-eleitorais que apoiavam o presidente republicano por margem ampla, por ser visto como um aliado contra regulamentações rígidas e impostos mais altos. Caso os republicanos mantenham um controle restrito do Senado, as metas de política de Biden podem ser moderadas.

A União Nacional de Produtores acredita que, apesar da histórica injeção de dinheiro do governo Trump ter ajudado a sustentar os balanços patrimoniais de alguns agricultores, o governo de Joe Biden pode adotar uma abordagem mais estratégica para lidar com os problemas do setor. Os produtores não estão em boa forma e é difícil imaginar que a assistência na agricultura seja sustentável. A abordagem de Biden nas negociações comerciais pode ser menos combativa do que a de seu antecessor. Ele afirmou que alistaria outras nações para montar uma pressão mais ampla por práticas de comércio justo ao lidar com a China ou outros países. Essa coalizão pode limitar a capacidade da China de retaliar com tarifas sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, afirma a campanha de Biden, além de proteger os agricultores norte-americanos das oscilações do mercado. A China deve responder à pressão mundial.

A visão democrata é de que é melhor dar mercados aos agricultores, em vez de subsídios. Alguns produtores esperam estabilidade no governo democrata. Produtores de suínos e gado estão esperançosos de que o Joe Biden traga os Estados Unidos um pacto comercial entre as nações do Pacífico e região. Os produtores de milho acreditam que o novo presidente deve ser mais favorável à adição aditivos de combustível à base de milho. O plano rural de Biden também prevê acordos regionais que vinculem os agricultores às instituições governamentais. Os agricultores poderiam vender em centros de alimentos financiados pelo governo, que forneceriam para escolas, hospitais, bases militares ou prisões, de acordo com o plano. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.