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05/Nov/2020

Inflação: alta de alimentos afeta os demais preços

O grande risco de uma inflação provocada pelos alimentos é a rápida contaminação para outros preços. Assim como os combustíveis, os alimentos são preços de referência. Isto é, funcionam como uma espécie de indexador informal de outros preços e, por isso, contribuem para disseminar pressões altistas para as cotações dos demais produtos e serviços. Em maio deste ano, menos da metade (45%) de todos os preços do Índice de Preços ao Consumidor Amplo- 15 (IPCA-15) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentava alta. Seis meses depois, em outubro, quase dois terços dos preços (64%) capturados pelo indicador estavam subindo. Essa medida que avalia a fatia de preços em alta no índice de inflação como um todo é conhecida no jargão econômico como índice de difusão. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a alta persistente dos preços dos alimentos está se difundindo no IPCA. Esse é um grande risco.

Os indicadores de inflação foram muito contaminados pela Covid-19 e estavam artificialmente baixos. A cesta do IPCA não estava refletindo um novo padrão de consumo. O se observa é a pressão cambial aos poucos aparecendo. O repasse dos preços no atacado estava baixo e começa a aparecer um pouco mais. Há um potencial grande para aumento de produtos industrializados, em função do que está acontecendo no atacado. Ao mesmo tempo que a pandemia levou ao aumento de diversos itens, com destaque para os alimentos, alguns preços agrícolas já estão antecipando uma possível superação da pandemia. Além dos fatores internos, teve uma demanda muito forte de commodities, principalmente por parte da China, isso reduziu a oferta doméstica e os preços subiram. Para os próximos meses, há temor com o fim do auxílio emergencial. A economia ainda vai sentir um impacto no primeiro trimestre do ano que vem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.