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27/Out/2020

Reino Unido e Japão assinam um acordo comercial

Reino Unido e Japão assinaram um acordo comercial bilateral na sexta-feira (23/10), o primeiro grande tratado pós-Brexit, enquanto negociações complexas prosseguem com a União Europeia (UE). O acordo, que inclui setores que vão do têxteis a novas tecnologias, passando por queijos e autopeças, e que havia sido anunciado em 11 de setembro, reproduz em grande parte o acordo existente entre a União Europeia e o Japão, que deixará de valer no Reino Unido a partir de 1º de janeiro. O Reino Unido destacou que o texto vai além do acordo UE-Japão, com avanços especialmente em termos de livre circulação do comércio digital. O Reino Unido afirmou que quase 99% das exportações entre os países ficarão isentas de tarifas com o pacto.

O comércio entre o Reino Unido e o Japão totalizou mais de 30 bilhões de libras (US$ 39 bilhões) no ano passado, apenas 2% do total do comércio exterior britânico. O valor é muito pequeno, no entanto, em comparação com o comércio entre o Reino Unidos e a UE, que em 2019 era se aproximou de 700 bilhões de libras (US$ 915 bilhões). Os Parlamentos dos dois países precisam ratificar o acordo até ao final do ano para que entre em vigor no dia 1º de janeiro de 2021, para coincidir com o final do período de transição com a União Europeia pós-Brexit, que teve início em 31 de janeiro de 2020. Este acordo prepara o caminho para estreitar os laços entre o Reino Unido e 11 países do Pacífico no âmbito do Acordo Comercial Transpacífico (TPP). O Japão considera o Reino Unido como uma porta de entrada para a Europa continental e destacou a importância de concluir com calma o período de transição do Brexit.

O Japão celebrou o acesso melhorado ao mercado britânico para alguns produtos japoneses em relação ao acordo com a UE, como peças para os setores ferroviário e automobilístico. Reino Unido e UE retomaram na quinta-feira (22/10) as complexas negociações sobre a futura relação comercial, após uma paralisação de uma semana. As partes esperam alcançar um acordo até o fim do mês para evitar o caos econômico no próximo ano, mas persistem grandes obstáculos. Gravemente afetada, como o restante da Europa, pela crise derivada da pandemia de Covid-19, a economia britânica sofre ainda as consequências da decisão de abandonar a UE. A economia britânica já é 2,5% menor do que seria sem o Brexit, o que equivale a um 0,25% a menos de crescimento a cada trimestre desde o referendo de 2016 sobre a saída da UE. Fonte: Exame. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.