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23/Out/2020

Amazônia: grilagem e extração ilegal de madeira

Segundo a Superintendência da Polícia Federal (PF) no Amazonas, as atividades agropecuárias não são o principal responsável pelo desmatamento da Amazônia. A derrubada da floresta é feita, principalmente, para a extração ilegal de madeira e para a grilagem de terras, a cargo de uma organização criminosa. O tráfico internacional de madeira é a mola mestra do desmatamento, que é feito por uma organização criminosa, com tentáculos em várias áreas da sociedade, incluindo o serviço público. Investigações como as da Operação Arquimedes mostraram que servidores públicos de órgãos ambientais, incluindo estaduais, participam de esquemas de extração ilegal de madeira, dando licenças fraudulentas para a exploração de terras. Por isso, o combate ao desmatamento passa pela investigação e o enfrentamento do tráfico internacional de madeira.

A observação de campo mostra que as áreas desmatadas na Amazônia não são ocupadas por produção agropecuária. Em geral, as terras ficam degradadas, após a extração de madeira para o tráfico internacional, e depois são griladas. Para sustentar a observação, foram citados dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontariam que, nos últimos dez anos, o rebanho bovino de Apuí (AM), município onde o desmatamento mais cresce, se manteve inalterado em torno de 140 mil cabeças. Enquanto isso, é possível encontrar, em sites nos Estados Unidos e na Europa, o ipê brasileiro a preços equivalentes aos de madeiras nativas desses locais, como o pinus. É importante salientar que, enquanto a legislação da União Europeia (UE) impõe severas regras de rastreabilidade da carne bovina exportada pelo Brasil, nada cobra sobre a origem da madeira brasileira e amazônica vendida na Europa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.