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22/Out/2020

Seleção de melhores empresas em ESG no Brasil

O Banco do Brasil lançou seu primeiro relatório focado em aspectos relacionados a compromissos ambientais, sociais e de governança (ASG ou ESG) na análise de empresas com ativos listados em bolsa. Nesta primeira edição do Seleção BB ESG, ESTÃO incluídos: Lojas Renner, Santander, Itaú, Bradesco, Natura, Klabin, Suzano, M. Dias Branco, Sabesp, Localiza e Weg. Para indicar o grau de aderência das empresas aos objetivos ESG, o Banco do Brasil utiliza o sistema de classificação da consultoria especializada no tema Refinitiv, que a partir de uma pontuação classifica as empresas com um rating que varia de D- (piores práticas ESG) até A+ (melhores práticas ESG). Os três bancos, a Lojas Renner e Natura receberam classificação A, o que indica que as empresas têm uma excelente performance nos aspectos ESG dentro do País e da indústria em que atuam, com alto grau de transparência nas publicações de seus relatórios de sustentabilidade.

As demais ficaram na categoria B, apontando que a empresa detém uma boa performance nos aspectos ESG, dentro do País e de seu segmento, e com médio grau de transparência nas publicações de seus relatórios de sustentabilidade. Quando avaliadas pelos compromissos ambientais, sociais e de governança, isoladamente, algumas curiosidades surgem. Por exemplo, enquanto os bancos, Lojas Renner e Klabin têm a maior nota no quesito de aderência a aspectos ambientais, Suzano e Sabesp, que lidam diretamente com o meio ambiente, receberam nota C, que indicam performance razoável nos aspectos ESG, bem como moderado grau de transparência nas suas publicações. As outras empresas estão classificadas como B. Também com classificação C, envolvendo compromissos sociais, estão as companhias MDias Branco e em aspectos de governança, a Klabin e a Weg.

O relatório traz ainda as explicações sobre como cada empresa está comprometida com cada uma das letras do ESG e um destaque sobre controvérsias, ou seja, ações, investigações ou incertezas que possam comprometer o alinhamento das companhias com os três temas e sobre como isso pode impactar a nota da companhia. Em todos os casos em que citaram controvérsias, foi ponderado que não há possibilidade de alteração na atual classificação. Por exemplo, para a Sabesp, o Banco do Brasil aponta o fato de todos os nove membros do Conselho de Administração serem do gênero masculino e de não haver representantes dos empregados no Conselho. Ainda aponta para incertezas relacionadas à governança, dado que existe a possibilidade de privatização da companhia. Em relação aos Santander, Itaú e Bradesco o relatório lembra de notícias pontuais sobre investigações no Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) por suspeita de práticas anti-concorrenciais e práticas monopolísticas, incluindo o fechamento de contas de corretagem envolvidas em operações com criptomoedas.

No caso do Bradesco, o relatório menciona ainda investigação de uma operação de lavagem de dinheiro supostamente envolvendo funcionários do banco. A produção de relatórios com análises ESG faz parte no novo desenho da área de mercado de capitais do Banco do Brasil, que com a joint venture UBS-BB ganha nova importância para o banco público. A ideia é, por meio da joint venture, ganhar escala na originação e distribuição de produtos de renda fixa e variável a clientes de ambas instituições. Muitas gestoras de recursos no exterior, principalmente na Europa, já vêm incorporando critérios ESG em suas políticas de investimento. Em 2019, os fundos europeus especializados em investimentos sustentáveis captaram o valor recorde de € 120 bilhões. No ano passado, as gestoras de recursos europeias, que adotavam critérios de ESG em suas estratégias de alocação, cresceram 56% e já respondiam por cerca de € 668 bilhões em recursos administrados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.