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05/Out/2020

Carlos Cogo: os riscos para o agronegócio do País

Apesar do cenário positivo para o agronegócio brasileiro, o risco sanitário é grave, de acordo com o consultor Carlos Cogo, da Cogo Inteligência em Agronegócio. "Temos seis Estados livres de febre aftosa sem vacinação e nossa fronteira é imensa", afirmou ele no 20° Seminário de Planejamento Estratégico Empresarial, promovido virtualmente pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). "Pode vir aftosa, gripe aviária, peste suína africana. Se chegar qualquer tipo de problema sanitário, vamos ser vetados por outros países e, comprometendo a cadeia de carnes, também comprometeremos cadeia de grãos", disse. De acordo com Cogo, o risco fitossanitário não é tão alto. Outro risco é de a reforma tributária que vem sendo discutida taxar injustamente o agronegócio. "Isso já virou conversa de políticos: 'tem que taxar o agronegócio, eles ganham muito dinheiro'. Não é só da oposição, está também no governo", afirmou.

Por fim, Cogo afirmou que é preciso acabar com "essa celeuma de queimada, incêndio, passar boiada, se não seremos embargados e não fecharemos acordos comerciais". O País, de acordo com o consultor, precisa tomar atitudes proativas, já que corre risco de ser embargado por países europeus e, dependendo do resultado das eleições este ano, pelos Estados Unidos. Ao ser perguntado sobre o tempo quente no País, ele disse: "Não há mais dúvidas, o La Niña está aí". Embora o fenômeno deva ser de fraca intensidade e deva se encerrar no primeiro semestre do ano que vem, o efeito pode ser significativo. Haveria dois resultados possíveis: risco de estiagem para regiões no Sul do País, como Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, oeste do Paraná, entre outras; e boas chuvas em outras regiões do Brasil. "Ou seja, pensando no todo, teremos mais ganhos do que perda", afirma.

"Teremos safra recorde em cima de condições boas na maior parte do País e piores em partes que sofreram ano passado e podem sofrer mais este ano." Cogo espera que o Brasil bata recorde de exportação de carne suína e bovina este ano. Além disso, o agronegócio pode bater o recorde de participação nas vendas externas totais no Brasil. De janeiro a setembro, as exportações do agronegócio equivaleram a 50,3% do total exportado pelo País. "Mantendo o ritmo, vamos fechar o ano com recorde", disse. O consultor elogiou os projetos do governo federal na área de infraestrutura. Segundo suas projeções, com base em projetos já concedidos, o modal do País mudará e as rodovias passarão a responder por 30% do transporte brasileiro em 2025, ante 65% em 2019; já ferrovias subirão de 15% para 35%. Fonte: Agência Estado.

Acesse aqui a Palestra de Carlos Cogo