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01/Out/2020

Dólar: divisa tem forte alta no decorrer de 2020

O dólar fechou setembro com valorização de 2,5%, segundo mês seguido de alta. Com isso, no ano, a moeda norte-americana já sobe 40% e o Real segue com o pior desempenho no mercado internacional, na frente da lira turca, onde o dólar tem alta de 30%. Nos nove meses de 2020, a divisa dos Estados Unidos só caiu em dois: maio e julho. A deterioração fiscal do Brasil e os juros muito baixos estão entre os fatores que seguem deixando o câmbio pressionado. Na reta final de 2020, as eleições nos Estados Unidos devem manter o dólar em alta no mercado internacional. Nesta quarta-feira (30/09), final de mês e trimestre, o dólar teve um dia volátil, em meio aos ajustes das carteiras de final do período. Também pesou a disputa pela definição do referencial Ptax, usado em contratos cambiais e balanços corporativos.

No encerramento, o dólar à vista fechou em baixa de 0,37%, a R$ 5,61, após três dias seguidos de valorização. No mercado futuro, o dólar para novembro, que passou a ser o contrato mais negociado, caiu 0,42%, em R$ R$ 5,61. Nas mesas de câmbio, profissionais destacam que sem detalhes concretos do financiamento do novo programa social do governo, o Renda Cidadã, o câmbio vai seguir pressionado e acima dos R$ 5,60. Nesta quarta-feira (30/09), o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o financiamento via precatórios não será feito e que essa não é uma fonte de financiamento saudável, limpa, permanente e previsível. O ministro, porém, não deu maiores detalhes. Segundo o Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), a expectativa dos investidores é saber como será o financiamento dos programas sociais em 2021, em meio às preocupações com o aumento dos gastos para o ano que vem e o desvio em relação ao teto.

Para o quarto trimestre, as incertas eleições norte-americanas e o risco de uma segunda onda de coronavírus nos países desenvolvidos devem manter os investidores mais avessos ao risco, o que não deve favorecer as moedas de emergentes. A tendência é de valorização da moeda norte-americana na América Latina nesta reta final de 2020. Segundo o Brown Brothers Harriman (BBH), a tendência continua de depreciação para o Real. O movimento não deve ser linear. Com notícias positivas sobre o ajuste fiscal, o Real pode ganhar força. A agência de classificação de risco S&P Global Ratings espera que o dólar continue na casa dos R$ 5,00 ao menos até 2023. Ainda nesta quarta-feira (30/09), a S&P melhorou a previsão de desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020, de queda de 7% para retração de 5,8%. Mas, alerta que com o cenário fiscal desafiador, o País vai precisar retirar rapidamente os estímulos extraordinários adotados até agora. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.