ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

18/Set/2020

Dados ambientais sofrem defasagem na divulgação

O pilar de Sustentabilidade Ambiental é o único que traz apenas dados referentes a 2018 na edição de 2020 do Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Economist Intelligence Unit e com a Tendências Consultoria Integrada. O motivo para a defasagem é a demora dos próprios governos, que divulgam as informações com atraso de dois anos. Em termos práticos, isso dá o tom de como o tema é tratado no País. Apesar da série antiga, os dados de 2018 refletem a realidade de hoje. Indicadores como emissão de CO2, tratamento de esgoto e perda de água dialogam diretamente com três temas de peso no noticiário em 2020: as queimadas ilegais, o marco legal do saneamento básico e a crise sanitária causada pela Covid-19.

E pouco tem sido feito para mudar a situação. Os Estados que mais emitiram CO2 em relação ao PIB foram Rondônia (27ª posição), Acre (26ª) e Tocantins (25ª). Estes são os mesmos responsáveis pelas queimadas há muitos anos. No topo estão Amapá (1ª), Roraima (2ª) e Amazonas (3ª). Queimadas, desmatamento, frota de veículos a combustão e indústria pesam nas emissões de gás carbônico. No indicador de tratamento de esgoto, Pará (27ª) e Rondônia (26ª) chegam a ter, respectivamente, 4,0% e 4,2% de tratamento, muito abaixo do que foi registrado nos líderes Distrito Federal (81,4%), Paraná (66,3%) e São Paulo (61,9%).

Em perda de água, Goiás, o mais bem posicionado, ainda tem desperdício de 30,2%. Na lanterna está Roraima, onde a perda chega a 73,4%, mas os índices também são alarmantes no Amazonas (70,6%) e Amapá (68,1%). Os números reforçam a importância do marco legal do saneamento básico, recém-aprovado pelo Congresso, para buscar a universalização e ampliar investimentos no País. Além disso, os baixos índices escancaram como pode ser difícil o combate à Covid-19. Uma das principais ações é lavar as mãos, mas é preciso ter água para tanto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.