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17/Set/2020

Banco Central mantém a taxa Selic em 2% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter a Selic (a taxa básica da economia) em 2,00% ao ano. Esta é a primeira vez, após nove cortes consecutivos, que a Selic não sofre alteração. Ainda assim, a taxa está no piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. A decisão era largamente aguardada pelo mercado financeiro. Ao justificar a decisão, o Banco Central avaliou que a manutenção da Selic é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante, que inclui o ano de 2021 e, em grau menor, o de 2022. O colegiado destacou que a decisão reflete um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação prospectiva. O Banco Central também atualizou suas projeções para a inflação.

No cenário híbrido que utiliza câmbio fixo e juros do mercado financeiro, conforme o Relatório de Mercado Focus, a projeção para o IPCA em 2020 passou de 1,9% para 2,1%. No caso de 2021, a expectativa passou de 3,0% para 2,9% e, no de 2022, foi de 3,4% para 3,3%. O Banco Central também optou por divulgar seu cenário de referência, com câmbio constante a R$ 5,30 e Selic constante em 2,00% ao ano. Neste caso, a projeção do IPCA para 2020 passou de 1,9% para 2,1% ao ano. Para 2021, seguiu em 3,0% e, no caso de 2022, passou de 3,7% para 3,8%. Não foi publicado o cenário de mercado, que utiliza projeções para câmbio e juros do relatório Focus.

O cenário de mercado vem sendo atualizado apenas no Relatório Trimestral de Inflação. O centro da meta de inflação perseguida em 2020 é de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5% (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5% (de 2,25% a 5,25%). A meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5% (de 2,00% a 5,00%), enquanto o parâmetro para 2023 é de inflação de 3,25%, com margem de 1,5% (de 1,75% a 4,75%). Com a Selic a 2,00% ao ano, o Brasil segue com juro real (descontada a inflação) negativo. Cálculos do site MoneYou e da Infinity Asset Management indicam que o juro real brasileiro está em -0,81% ao ano. O País possui o 16º juro real mais alto do mundo, considerando as 40 economias mais relevantes. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.