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16/Set/2020

BC deve manter Selic com pressão dos alimentos

Esta semana deve ser marcada pela pausa no recente ciclo de cortes na taxa básica de juro do País. Depois de nove reduções consecutivas, o Banco Central (BC) tende a manter a Selic inalterada, na mínima histórica de 2% ao ano. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) discute o tema nesta quarta-feira (16/09). Com a pressão gerada pela pandemia, o colegiado foi forçado a cortar a Selic nos últimos meses. A questão é que as reduções tendem a levar algum tempo até provocarem efeitos mais robustos em linhas de crédito para consumidores e empresas. Em períodos de crise, esse movimento fica ainda mais complicado, já que bancos enxergam mais riscos no horizonte, como aumento no desemprego e na inadimplência.

Após a reunião mais recente, em agosto, o Copom não fechou a porta para novas reduções na taxa de juro. Contudo, reconheceu que o espaço para cortes seria pequeno. De lá para cá, surgiram elementos que sustentam a projeção de Selic inalterada nesta semana. O principal é o choque em preços de alimentos. Na teoria, pressões sobre a inflação, que segue controlada na média, fazem o Copom adotar cautela em relação ao juro básico. Em agosto, o Banco Central tinha sinalizado que a reunião de setembro seria para parar e ver o que estaria acontecendo. Há informações novas, como o choque de alimentos e as dúvidas fiscais.

O preço alto de alimentos tem ligação com o dólar em patamar elevado, acima de R$ 5,00. Produtos básicos são cotados em moeda norte-americana no mercado internacional. A alta no dólar, por sua vez, está relacionada ao juro na mínima histórica. Ao mesmo tempo em que tenta estimular aportes de empresas para aumento de produção, a Selic em baixa faz com que parcela de investidores estrangeiros deixe o País. Isso ocorre porque a diferença fica menor entre o juro de aplicações no Brasil e o registrado em outras regiões. Assim, correr mais riscos no Brasil, com retorno inferior ao de outras épocas, acaba afastando parte dos investidores. A saída de estrangeiros reduz a quantidade de dólares no País, o que incentiva a alta na moeda. Fonte: G1. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.