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14/Set/2020

Amazônia: interesse no projeto “Adote 1 Parque”

O programa de patrocínio de empresas para proteção da floresta amazônica começou a receber propostas. A iniciativa, que foi batizada pelo Ministério do Meio Ambiente como “Adote 1 Parque”, prevê que empresas repassem recursos financeiros que serão usados em medidas de proteção e fiscalização dessas áreas. Em troca, essas empresas podem fazer ações de publicidade sobre o projeto que ajudam a proteger. O decreto de criação do programa foi enviado à Casa Civil e já passou pela Secretaria do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI) e pelo Ministério da Economia. A previsão é que seja publicado nos próximos dias. Quinze empresas nacionais já apresentaram manifestação de interesse em participar do programa. Nesta lista estão três bancos e três indústrias. Os demais interessados são do setor de comércio.

As três maiores propostas de apoio preveem o repasse de cerca de R$ 5 milhões, pelo prazo de um ano, que é o tempo previsto para cada adoção. Como o preço estipulado foi de R$ 50,00 anuais por hectare, isso significa o repasse para financiar ações em um parque com tamanho de 100 mil hectares, por exemplo. A lista de interessados ainda não possui nenhuma empresa estrangeira. O valor do programa, neste caso, foi fixado em 10 euros por hectare, por ano. A ação tem sido apresentada pelo Ministério do Meio Ambiente como uma das principais medidas frente à enxurrada de críticas contra a política ambiental do governo e o crescimento recorde das queimadas e desmatamento na Amazônia e no Pantanal. As florestas protegidas, conhecidas como unidades de conservação federais, são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).

Há 132 unidades desse tipo na Amazônia, de diferentes tamanhos. Juntas, essas áreas respondem por 15% de todo o bioma amazônico. O programa prevê que a adoção do parque possa ser feita por uma única companhia ou por um consórcio de empresas. Ao assumirem um parque, passam a ser patrocinadores pelo prazo de um ano. Vencido esse prazo, a unidade pode ser novamente oferecida à mesma companhia ou a terceiros. O programa prevê que, para viabilizar a aplicação dos recursos doados, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) atuará como o agente operacional do programa. A empresa que doar o recurso, portanto, não precisa assumir a gestão dos recursos que vai dispor, mas repassá-los ao BNDES, que atuará em parceria com o ICMBio. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.