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10/Set/2020

Alimentos: MJ notifica supermercados sobre preços

Após o presidente Jair Bolsonaro pedir lucro "próximo de zero" aos donos de supermercados, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), ligada ao Ministério da Justiça, notificou nesta quarta-feira (09/09) empresas e associações cooperativas ligadas à produção, distribuição e venda de alimentos da cesta básica para questionar a alta nos preços dos produtos. De acordo com o documento, todos terão cinco dias para responder aos questionamentos. No texto, a Senacon justifica que, diante do sensível aumento de preços de itens da cesta básica, em especial do arroz, a Secretaria Nacional do Consumidor decidiu notificar o setor produtivo e comercial para esclarecer as causas do aumento nos alimentos que compõem a cesta básica brasileira.

O aumento de valores foi notado especialmente em relação ao arroz que, apesar dos positivos volumes produtivos da última safra brasileira, informados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), teve significativo incremento de preços na prateleira. O intuito da medida é, após a devida análise, buscar coibir aumentos arbitrários. A notificação destaca trecho do Código de Defesa do Consumidor em que considerada uma prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. No prazo de cinco dias, os estabelecimentos deverão informar quais os produtos da cesta básica possuem maior variação de preço no último mês, quais são os três principais fornecedores do produto, qual o preço médio praticado pelos fornecedores nos últimos seis meses, entre outras questões. A Secretaria Nacional do Consumidor afirmou que é preciso avaliar toda a cadeia produtiva antes de verificar se há um eventual aumento abusivo nos preços dos alimentos que compõem a cesta básica.

Mas, salientou que não se pode falar em preços abusivos sem antes avaliar toda cadeia de produção e as oscilações decorrentes da pandemia. Por essa razão, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor expediu ofícios para o levantamento de dados que são necessários para aferir qualquer abusividade. A Secretaria convidou os ministérios da Agricultura e da Economia para debater medidas para mitigar o aumento exponencial nos preços de alimentos que compõem a base alimentar dos brasileiros. A Secretaria também solicitou ao Ministério da Economia a avaliação de alternativas que possam permitir maior competitividade entre os produtores e comerciantes, bem como maior oferta aos consumidores, privilegiando a livre iniciativa e incentivando a concorrência. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.