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08/Set/2020

Fretes de grãos têm preços em alta em setembro

Setembro começou com altas dos preços dos fretes para o escoamento de grãos nas principais rotas usadas pelos produtores e tradings que atuam no país. Isso por causa do avanço das exportações do milho colhido na 2ª safra de 2020, que são bastante concentradas neste mês e voltarão a ser volumosas, embora devam ficar abaixo do patamar recorde de 2019. Segundo a EsalqLog, apesar do aumento, os valores cobrados para o transporte não deverão atingir os patamares de janeiro e fevereiro, quando a safra recorde de soja estava sendo escoada. Também não deverão sofrer influência relevante da retomada das atividades em alguns setores com o afrouxamento do isolamento social. O valor médio cobrado na rota entre o Sorriso (MT) e o terminal ferroviário de Rondonópolis (MT), deverá atingir R$ 115,10 por tonelada em setembro, ante R$ 104,71 por tonelada no mesmo mês de 2019 e abaixo do pico de R$ 120,54 por tonelada observado em janeiro. Depois de setembro, haverá queda nesses valores até fevereiro, quando estará sendo movimentada a próxima safra de verão (1ª safra 2020/2021).

No Arco Norte, a tendência é que os preços fiquem mais baixos que no ano passado, mesmo com o aumento do transporte de milho neste mês. A conclusão do asfaltamento da BR-163 reduziu os custos de manutenção dos caminhões e diminuiu o tempo de viagem. Assim, os fretes caíram. A pavimentação foi concluída no fim de 2019. Dessa forma, a previsão é que o preço médio para o transporte de grãos entre Sorriso (MT) e Itaituba (PA), onde fica o porto fluvial Miritituba, alcance R$ 180,35 por tonelada, em média, em setembro, 15,2% menos que no mesmo mês do ano passado. Nessa rota, o pico registrado neste ano foi em abril: R$ 190,95 por tonelada. O patamar de preços deve continuar bem mais baixo no Arco Norte. No que diz respeito ao transporte no Paraná, a média de preços prevista para setembro na rota principal, de Cascavel ao Porto de Paranaguá, é de R$ 112,25 por tonelada, com tendência de queda nos próximos meses. Esse valor é 20,1% superior ao praticado em setembro de 2019, uma vez que a colheita de milho no Estado cresceu e ficou próxima da de Mato Grosso.

A concorrência por caminhões aumenta e o valor sobe. O pico deste ano nas estradas do Paraná foi em março. Com a colheita mais tardia de soja, o valor chegou a R$ 129,60 por tonelada, em média. No caso do transporte de fertilizantes, o teto de 2020 deverá ser alcançado neste mês, com o incremento das importações já visando a próxima safra de verão (1ªsafra 2020/2021). Mas, os valores médios deverão ficar nos mesmos níveis vistos no ano passado. A grande expectativa com a nova safra, diante de bons preços e de produtores capitalizados pelos resultados da colheita passada, deverá gerar um aumento do fluxo nos principais trajetos de transporte. Mas, isso também aconteceu na última safra, de modo que a movimentação será a mesma. Entre o Porto de Paranaguá (PR) e Sorriso (MT), a previsão é que o preço médio em setembro para o transporte de fertilizantes fique em R$ 178,98 por tonelada, o mesmo do ano passado. Entre Rondonópolis (MT) e Sorriso (MT), a expectativa é que o valor médio alcance R$ 86,53 por tonelada, ante R$ 90,35 por tonelada em setembro de 2019.

As exportações brasileiras de soja deverão alcançar 4,2 milhões de toneladas em setembro, volume 11,4% inferior ao embarcado no mesmo mês de 2019 (4,7 milhões), estimou a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). Se a estimativa se confirmar, o volume acumulado no ano alcançará 79,6 milhões de toneladas, acima das 72,54 milhões calculadas pela entidade para 2019. Para os embarques de milho em grão, a estimativa é que o volume alcance 4,7 milhões de toneladas em setembro, 17,5% menos que no mesmo mês de 2019 (5,7 milhões). Se a projeção se confirmar, as exportações chegarão a 19,1 milhões de toneladas no acumulado do ano. Para o farelo de soja, a associação projeta que as exportações alcançarão 1,44 milhões de toneladas neste mês, acima das 1,36 milhão de setembro do ano passado. Dessa forma, os embarques alcançarão 13 milhões de toneladas no acumulado do ano. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.