02/Set/2020

Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário refletiu os ganhos expressivos com as culturas de exportação, como soja, milho, açúcar e carnes. A taxa de câmbio, com o dólar em forte alta ante o Real, está incentivando a comercialização externa a preços em patamares elevados. O mercado externo continua com uma demanda aquecida por proteínas animais, não apenas carne bovina, mas, sobretudo, carne suína e de frango. O País está sendo beneficiado por uma série de aberturas de mercado, que tem proporcionado volumes cada vez maiores de exportação.

Nesse cenário, a China é um importante parceiro comercial do Brasil, mas é preciso lembrar que a guerra comercial entre os China e Estados Unidos não vai durar para sempre. O agronegócio brasileiro não foi afetado pela pandemia do novo coronavírus como os outros setores porque a propagação da doença foi acentuada no período de entressafra. O setor estava acabando a colheita da safra de verão (1ª safra 2019/2020) e iniciando plantio de inverno. As culturas perenes continuaram sendo produzidas, enquanto as culturas de ciclo curto foram mais prejudicadas. Parte importante da evidência do agronegócio na pandemia foi o fato de os produtores continuarem tendo infraestrutura para produzir e escoar as commodities. O agro não parou porque portos, caminhões e trens continuaram funcionando.

Quanto às projeções para o setor nos próximos trimestres, a entidade espera resultados novamente positivos no PIB, mas o agronegócio precisa ficar atento ao câmbio e ao clima. Outra projeção é a possibilidade de recorde na produção da safra de verão (1ª safra 2020/2021), tendo em vista a continuidade do câmbio favorável e a ampliação na área produtiva. Outro fator que vale lembrar é de que quando os produtores receberam a renda da safra de verão (1ª safra 2019/2020), houve uma antecipação na compra de insumos para a próxima temporada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.