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01/Set/2020

Dólar mais fraco nos EUA favorece preços agrícolas

Uma nova estratégia adotada pelo Federal Reserve (Fed - banco central dos Estados Unidos), que sugere um enfraquecimento do dólar norte-americano, pode ser relevante para os preços agrícolas. Existe uma incerteza considerável em torno da mudança de estratégia anunciada pelo Federal Reserve. Algumas evidências sugerem um dólar norte-americano mais fraco. É provável que isso influencie as tendências de preços nos mercados agrícolas. Se o euro se valorizar em relação ao dólar dos Estados Unidos, isso tornará o trigo mole da União Europeia (UE) menos competitivo internacionalmente, o que provavelmente pesaria no preço.

O fato de o euro já estar se valorizando há algum tempo em relação ao dólar, em virtude dos encargos financeiros impostos pela crise da Covid-19 enfrentada pela União Europeia, pelo menos atenuou a flutuabilidade dos preços das commodities. No fim da semana passada, a Comissão Europeia ajustou a safra de trigo mole em mais 3 milhões para 113,5 milhões de toneladas (-13% ano a ano). O dólar norte-americano ante o Real brasileiro também é relevante. O Brasil é o maior fornecedor mundial de café e açúcar, se o dólar norte-americano se desvalorizar em relação ao Real, um comerciante brasileiro receberá uma quantia menor em moeda nacional do que antes. Os produtos são negociados internacionalmente em dólares norte-americanos. Isso reduz o incentivo para vender. Se, como resultado, menos for oferecido no mercado mundial, o preço em dólares tenderá a subir.

Em meio a todas as incertezas sobre o que deve acontecer, o esteve Real consideravelmente apreciado em relação ao dólar norte-americano no fim da semana passada. Isso ajudou o preço do café arábica a avançar em torno de 3% na sexta-feira (28/08), atingindo a maior alta em cinco meses. Outro bom exemplo dessa relação é o açúcar, cujo aumento nas posições compradas líquidas especulativas não são garantia de preços imediatamente mais altos: o preço da commodity caiu levemente na sexta-feira (28/08). Ele está deprimido pela alta oferta. Na principal região produtora do Brasil, o Centro-Sul, foi produzido 50% a mais de açúcar que no ano passado e no acumulado do ano desde abril. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.