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31/Ago/2020

IGP-M poderá fechar ano de 2020 acima de 10%

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o enfraquecimento do Real ante o dólar e a retomada da demanda chinesa por matérias-primas devem levar o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) a encerrar 2020 acima da marca de 10,0%. Na sexta-feira (28/08), a instituição divulgou o IGP-M de agosto, que teve alta de 2,74% ante 2,23% em julho. A taxa foi a maior alta mensal para o índice desde dezembro de 2002 (3,75%). Em 12 meses, o IGP-M passou a acumular inflação de 13,02%. A única coisa que ainda poderia aliviar o IGP seria o câmbio, já que há alguns meses havia a expectativa de que o dólar encerraria 2020 abaixo de R$ 5,00.

Mas, o dólar permanece acima de R$ 5,30, sem perspectiva recuar e, por isso, é provável que o IGP-M feche 2020 acima de 10%, e 12% está no horizonte. A forte elevação do nível de preços das matérias-primas em 2020 deve espalhar pressão altista pelos demais estágios de produção. No acumulado de 12 meses até agosto, o café em grão tem alta de 34,46%, o milho sobe 52,08% e o minério de ferro avança 49,42%. São pressões grandes que eventualmente acabam chegando ao consumidor.

Na cadeia do minério de ferro, por exemplo, as bobinas e chapas de liga de aço aceleraram de 1,48% em julho para 6,05% em agosto e devem continuar subindo, repercutindo os aumentos passados do minério. Os fornos de micro-ondas, nos bens finais, aceleraram de 1,79% em julho para 3,97% em agosto e já têm alta de 16,59% em 12 meses. Agora, a CSN e Usiminas anunciaram reajustes de 10% no início de setembro. Esses reajustes de siderúrgicas caem como uma bomba no IGP e ajudam a mantê-lo distante do IPCA. É possível ver aceleração do índice em setembro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.