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19/Ago/2020

PIB recua 8,7% no 2º trimestre ante 1º trimestre

Segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 8,7% no segundo trimestre ante o primeiro trimestre. Na comparação com o segundo trimestre de 2019, a queda foi de 10,5%. A retração de 8,7% do PIB no segundo trimestre é a maior queda da história brasileira desde 1980. É inegável que a pandemia de Covid-19 trouxe enormes desafios para a economia brasileira que ainda devem demorar a serem solucionados. No entanto, na análise desagregada dos meses do segundo trimestre, nota-se que o pior desempenho foi em abril. Embora as taxas interanuais de maio e junho ainda estejam muito negativas, já houve melhora dos resultados nestes meses na comparação dessazonalizada.

Em junho, isoladamente, o Monitor do PIB apontou alta de 4,2% no PIB, na comparação com maio. Em relação a junho de 2019, a queda na atividade econômica foi de 6,5%, conforme o Monitor do PIB. Embora a economia esteja no segundo trimestre em situação pior em comparação ao anterior, no curto prazo já se observa uma melhora da atividade. Pelo lado da oferta, a queda recorde do PIB no segundo trimestre foi puxada pela indústria, cuja atividade despencou 12,8% em relação aos três primeiros meses do ano, e pelo setor de serviços, que recuou 8,4%, na mesma base de comparação. Pelo lado da demanda, tanto o consumo das famílias quando a formação bruta de capital fixo (FBCF), medida dos investimentos no PIB) puxaram a queda histórica, segundo o Monitor do PIB, que calcula esses dados desagregados apenas na comparação interanual.

O consumo das famílias despencou 11,6% ante o segundo trimestre de 2019. Na análise do consumo de bens, as fortes retrações no consumo de semiduráveis (-51,0%) e de duráveis (-30,2%) são explicadas por quedas em todos os segmentos que compõem estes tipos de consumo. Já o consumo de não duráveis, embora tenha retraído 1,1% no trimestre, apresentou crescimento nos segmentos alimentícios e de artigos farmacêuticos e de perfumaria. O consumo de serviços também apresentou retração em diversos segmentos, embora as quedas no consumo de alojamento e alimentação e de saúde privada tenham sido as maiores contribuições para a queda deste tipo de consumo. A FBCF retraiu 20,9% no segundo trimestre, em comparação com igual período de 2019.

Houve queda em todos os seus componentes, mas 70% da redução dos investimentos se deveram à expressiva retração dos aportes em máquinas e equipamentos (-35,9%), com destaque para "automóveis, camionetas, caminhões e ônibus". Com isso, o Monitor do PIB estimou que a taxa de investimentos tenha ficado em 15,8% do PIB no segundo trimestre. Essa taxa é 2% abaixo da média desde 2000. O Monitor do PIB procura antecipar a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.