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18/Ago/2020

Dólar fecha em alta e se reaproxima dos R$ 5,50

O dólar fechou em alta acentuada ante o Real nesta segunda-feira (17/08), registrando uma máxima em quase três meses, refletindo ruídos domésticos em torno da agenda fiscal, com especulações sobre possível saída de Paulo Guedes do Ministério da Economia. O dólar registrou ganho de 1,26%, a R$ 5,49, maior patamar para encerramento desde o dia 22 de maio, quando a divisa havia fechado a R$ 5,57. Na máxima intradia, o dólar saltou 1,61%, a R$ 5,51, máxima desde 25 de maio, depois de ter registrado queda de 0,16% na mínima do dia, a R$ 5,40. Na B3, o dólar futuro subiu 1,52%, a R$ 5,50.

Ruídos políticos locais foram citados como o principal fator de impulso para o dólar, com preocupações com o possível enfraquecimento de Paulo Guedes no governo e rumores sobre uma eventual saída sua do Ministério da Economia elevando a cautela e a volatilidade nos mercados. Há expectativas negativas sobre as pautas política e econômica. Os novos boatos de que Paulo Guedes pode estar enfraquecido e a preocupação fiscal têm afetado bastante a moeda (Real).

Fontes da equipe econômica afirmaram que a saída de Paulo Guedes do governo não está sendo discutida e negaram notícias publicadas no fim de semana citando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, como provável substituto de Guedes no comando da Economia. Ainda assim, os rumores elevaram a tensão no mercado local, que já sofreu este ano devido a incertezas políticas, principalmente depois da saída de Sergio Moro, considerado um pilar do governo Bolsonaro, do cargo de ministro da Justiça.

Em 2020, ainda em meio a um ambiente de juros extremamente baixos, o dólar acumula alta de mais de 37% contra o Real. Outro fator que elevou a busca pela moeda norte-americana nesta segunda-feira (17/08) foi a discussão do pacote de estímulo fiscal nos Estados Unidos, que já dura semanas e ainda não chegou a um acordo.

Com o Senado e a Câmara norte-americanos em recesso e sem nenhuma nova negociação programada com os representantes do presidente Donald Trump, as perspectivas de um acordo no Congresso dos Estados Unidos para ajudar os norte-americanos em dificuldades devido à pandemia de coronavírus perdiam força, e os parlamentares não devem se reunir novamente até o mês que vem. No exterior, diante desse cenário, o dólar perdia força contra uma cesta de moedas. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.