13/Ago/2020

De acordo com números da pesquisa conjuntural da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), a indústria brasileira de alimentos e bebidas registrou crescimento de 0,8% em seu faturamento e de 2,7% na produção física do primeiro semestre de 2020. Mesmo com o aumento do consumo das famílias em supermercados, o fechamento de bares e restaurantes abateu o setor e freou o crescimento. O canal chamado Food Service registrou queda de 29,5% nas vendas.

A comparação é com o mesmo período de 2019. A perspectiva para o fim de 2020, considerando a projeção de retração do PIB entre 6% e 5%, é de um crescimento de até 1% nas vendas reais e de até 11% nas exportações. Nesse segundo item, a China deve seguir no topo das prioridades da indústria. No primeiro semestre de 2020, as exportações de alimentos industrializados totalizaram US$ 17,6 bilhões, o que representa um crescimento de 12,8% em relação ao valor verificado no primeiro semestre do ano anterior.

Nesse contexto, a receita de vendas de alimentos industrializados para a China totalizou US$ 3,5 bilhões, um crescimento de 95,6%, praticamente o dobro do volume registrado no primeiro semestre de 2019, com maior concentração nas carnes. A estimativa é de um custo médio adicional de produção de 4,8% devido à pandemia de Covid-19. O custo de produção industrial representa, em média, 58% do custo total do setor.

Assim, esse incremento de 4,8% representa um impacto no custo total da indústria de alimentos entre 2% e 2,5%. Um dos fatores para o encarecimento da produção foi o aumento de 0,6% nas contratações diretas e formais. Foram 10,3 mil novas vagas no período. Esse aumento está associado à expansão da produção e à necessidade de contratação para compensar o afastamento temporário de colaboradores pertencentes a grupos de risco para a Covid-19. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.