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11/Ago/2020

Ministra critica comunicação do agro com exterior

Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o agronegócio brasileiro sempre fez uma comunicação pífia no exterior. Nos últimos 40 anos, a agricultura brasileira cresceu 386% sua produção e apenas 33% a área cultivada. Sobre a Amazônia e o agronegócio, a ministra afirmou que é um grande desafio cuidar de um bioma que representa 40% do território brasileiro. É preciso aplicar o Código Florestal, ver quem desmatou legalmente e ilegalmente ali e aplicar a lei. Entretanto, em razão da dimensão do bioma, Tereza Cristina reconheceu que a área é de difícil controle. Para isso, o Conselho da Amazônia foi revitalizado, tendo à frente o vice-presidente, Hamilton Mourão. O governo espera que o Congresso vote um projeto de lei que trata da descentralização de recursos para continuar, porque é necessário recursos. A ministra defendeu também a regularização fundiária da região.

Segundo ela, não é verdade que a regularização fundiária vai beneficiar a grilagem. O grileiro tem de ser combatido, reforçou ela, dizendo que mais de 80% dos produtores rurais que estão na Amazônia são pequenos produtores, de até 4 módulos fiscais (que daria, no caso da Amazônia, 400 hectares, onde cada módulo fiscal equivale a cerca de 100 hectares) e eles têm de preservar 80% da área. Mas, que está desmatando grandes áreas devem ser multados. Porém, a legislação atual permite que os proprietários que receberam multas recorram indefinidamente na Justiça contra a punição. A ministra disse ainda que, se os produtores da Amazônia forem regularizados, terão acesso a tecnologias e à assistência técnica. Há 11 centros de pesquisa da Embrapa que atendem a região, fazendo programas voltados à Amazônia e para o pequeno produtor.

Ela reforçou que é preciso resolver a situação desses produtores. Porém, não se deve compactuar com quem está na ilegalidade. A ministra citou, por exemplo, que a cadeia de soja trabalha 98% com rastreabilidade, e que isso deve ser reconhecido. Além disso, a pecuária moderna brasileira também já trabalha com rastreabilidade e isso tem de ser ampliado. Ela defendeu que os compradores de produtos agropecuários recompensem quem trabalha com rastreabilidade. A ministra citou, entretanto, a dificuldade de rastrear o rebanho brasileiro de bovinos, que tem 200 milhões de cabeças. O Uruguai, que tem o melhor sistema de rastreabilidade do mundo, tem um plantel bem menor, de 14 milhões de cabeças. Mesmo assim, o Brasil precisa começar a rastrear seu rebanho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.