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11/Ago/2020

Amazônia: preocupação com medidas protecionistas

Em encontro Ibero-Americano da Agenda 2030 do Poder Judiciário, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, buscou passar a imagem de que o Brasil está fazendo o dever de casa: falou do combate ao novo coronavírus, da eventual aprovação de reformas econômicas e da proteção da Amazônia. Mourão também indicou preocupação com a possível imposição de medidas protecionistas ao Brasil pela postura do País durante a pandemia e um receio ainda maior com as tensões entre China e Estados Unidos. Ele afirmou que o governo executou medidas urgentes para conter o desmatamento e as queimadas e está construindo um planejamento para médio e longo prazos para a Amazônia Legal. O momento não poderia ser mais desafiador, a pandemia de Covid-19 atinge severamente o País, assim como as demais nações ibero-americanas. Infelizmente, o Brasil ultrapassou, no fim de semana passado, 100 mil pessoas mortas pela Covid-19.

São perdas irreparáveis que colocam toda a nação em luto, afirmou Mourão. No plano externo, ele manifestou preocupação que a crise gerada pela pandemia seja utilizada como justificativa para a imposição de medidas protecionistas. Também, há grande receio com o acúmulo de tensões entre as duas principais potências econômicas do mundo e seus possíveis efeitos desestabilizadores sobre o sistema internacional. O vice, que também preside o Conselho da Amazônia, destacou que o Brasil, ao fortalecer o compromisso com parâmetros globais de sustentabilidade, reforça o comprometimento com o diálogo, o multilateralismo, a cooperação e o direito internacional. Ele afirmou, ainda, que o sucesso dos exportadores brasileiros do agronegócio depende da confiança dos mercados internacionais, e que o aumento de crimes ambientais deixa o País vulnerável para uma campanha "difamatória" no exterior, com barreiras comerciais que classificou como injustificáveis.

Mourão admitiu mais uma vez que o desmatamento na Floresta Amazônica será maior este ano do que no anterior. Se necessário, o vice voltou a falar que o governo pode manter a Garantia de Lei e da Ordem (GLO) na região amazônica até o fim de 2022. O vice afirmou que o fortalecimento da política para a Amazônia torna-se elemento essencial para reerguer e modernizar a economia. Cada vez mais as empresas brasileiras e as multinacionais que atuam no País são cobradas a apresentar melhores credenciais ambientais, sociais e de governança. Para Mourão, o Brasil enfrentará uma série de desafios para a retomada econômica, mas a postura do governo brasileiro pela promoção de reformas econômicas e pela abertura aos mercados externos posiciona o País de forma favorável. Ele destacou como prioridades as reformas tributária e administrativa no Congresso. As reformas colocadas em curso buscam assegurar o controle do gasto público e o aumento da produtividade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.